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Apresentação e explicitação da vida Portuguesa como sinónimo da nossa nacionalidade passando pelos mais variados temas, sem contudo esquecer, o debate de temas proibidos que pecam e se perdem na ignorância dos povos e a sua abordagem por parte dos sectores políticos vigentes. "Ubi veritas?"



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

José Mário Branco - Fundo Monetário Internacional (FMI).

JOSÉ MÁRIO BRANCO - FMI.

"Não pode haver razão para tanto sofrimento..."

José Mário Branco com esta actuação gravada ao vivo no Teatro Aberto (Lisboa) a 1 de Maio de 1981, foi um visionário da morte social que mais tarde aconteceu (desde então até aos dias de hoje),em que tudo o que se ambicionava no pós 25 de Abril e que tarde ou nunca aconteceu. As palavras "obscenas?" que fazem parte da sua revolta, não é mais do que um grito desamparado e não compreendido provavelmente pelas pessoas que assistiam à sua declamação e por todos nós que de algum modo perpectuamos no tempo seguinte até aos dias de hoje. Sim, a culpa é de todos e de ninguém. A preserverância dos valores que se pretendiam, foram vendidos por uma imagem que nunca existiu. E nós caí-mos na armadilha.

Mas como diz o autor, -(...) E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir, e aí nessa viagem ressuscitar da morte nas arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... (...). 

Nada está perdido. O grande erro é pensarmos que podemos morrer.

Mas de que vale a pena morrer a sofrer, quando a morte está anunciada.

Morrer de pé, sem submissões, sem dados adquiridos.

Morrer de pé, questionando o que dizem ser inevitável.

Morrer de pé, e lutar pelas as ambições.

A história escreve-se no quotidiano que vivemos, e ela será aquilo que os nossos esforços e a luta de todos permitir, para conseguir o famigerado futuro melhor e colectivo. 

Porque quem luta sempre consegue algo, e quem se resigna será um fantoche manietado por quem fomenta esta ideologia social que promove o bem-estar de alguns. E que poderia ser para todos.

A globalização tem um problema com os resistentes, e compete a eles esclarecer os mais novos para os vícios criados, para uma ilusão que não os irá favorecer e para que compreendam que existe um futuro mais solidário.

E é assim que José Mário Branco termina este tal grito de revolta com uma das músicas mais emblemáticas das suas criações. "Ser Solidário".

Resta acrescentar que é obrigatório a visualização destes vídeos, e interiorizem a mensagem, questionando-se a atitude que cada um de nós tem sobre todos.

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