Informar é cultura

Apresentação e explicitação da vida Portuguesa como sinónimo da nossa nacionalidade passando pelos mais variados temas, sem contudo esquecer, o debate de temas proibidos que pecam e se perdem na ignorância dos povos e a sua abordagem por parte dos sectores políticos vigentes. "Ubi veritas?"



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Hitler e as Scuts em Portugal

Peço desculpa pela linguagem utilizada no video, mas não consegui deixá-lo de exibir aqui no blogue. Quem fez isto tem carisma e uma sátira bem apurada. Como diz o autor, recomenda-se a não visualização a menores de 18 anos. Além do mais... Fez-me rir.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Custódio Castelo



                Custódio Castelo (Almeirim, 23 de Dezembro de 1966).


Com sete anos construiu o seu primeiro instrumento musical. Aos treze anos oferecem-lhe a primeira guitarra acústica. Integrou alguns grupos de música popular portuguesa e bandas rock.
Aos dezasseis anos escolhe a guitarra portuguesa como seu instrumento de eleição após a audição de discos de Amália Rodrigues.
Com 20 anos é convidado para particpar num disco de Jorge Fernando. É a primeira vez que entra em estúdio. Foi o início de uma colaboração que dura até hoje.
Durante quatro anos acompanhou o músico Nuno da Cãmara Pereira tendo gravado o disco "Só à Noitinha" com a Orquestra Sinfónica da Lituânia. Colabora com outros nomes como Mísia, Camané e Carlos do Carmo. Acompanha ainda Amália Rodrigues na sua última viagem aos EUA.
Na Expo 98 apresentou-se a solo o que originou um convite para acompanhar a brasileira Maria Bethânia em vários concertos.
Também em 1998 torna-se mentor do projecto artístico de Cristina Branco com quem tem gravado trabalhos que lhe trouxeram o reconhecimento internacional, como intérprete de Guitarra Portuguesa mas principalmente como compositor. Com as suas arrojadas e magnificas composições no disco Cristina Branco canta Slauerhoff conquistou o primeiro lugar do top de compositores em França.

Devido a um problema de saúde, verificado em 2003, decide reunir alguns músicos amigos para gravar o seu disco de estreia a solo "Tempus" editado nos países do Benelux. Os convidados deste disco, apenas de instrumentais, são Jorge Fernando, Alexandre Silva, Fernando Maia, Marino de Freitas, Miguel Carvalhinho, Carlos Manuel Proença, Carlos Velez, Carlos Garcia, Filipe Larsen e Gilberto Silva.
Actualmente divide-se entre a sua carreira a solo e a actividade como produtor, compositor e mentor do projecto "encores".
"Encores" conta com a voz de Margarida Guerreiro sendo da autoria de Custódio Castelo todos os arranjos e a maior parte das composições. Os poemas são de Fernado Pessoa, Cecília Meireles, Amália Rodrigues, David Mourão Ferreira, Eugénio de Andrade, entre outros numa "viagem intimista em torno dos sons da guitarra portuguesa".
Acompanha entretanto Ana Moura e Jorge Fernando nas gravações de dois temas do álbum "The Rolling Stones Project" a editar em 2007.
O CD "Tempus" foi editado em Portugal em Dezembro de 2006 e o CD "ENCORES" tem lançamento previsto para o início de Março de 2007.
Texto retirado em: 

Cristina Branco



Breve biografia

Na arte e vida de Cristina Branco (Almeirim, 1972) pode dizer-se,
como diz a letra de Amália, que traz o fado nos sentidos. O fado 
atravessou a vida de Cristina por um acaso feliz. De certa maneira, 
terá sido ela, pela sua ousadia estética e cunho interpretativo muito 
particular, a atravessar o Fado enquanto fenómeno musical de 
profundas raízes tradicionais. «Começou por uma brincadeira, um 
serão de cantigas entre amigos», segundo gosta de recordar. Nada 
até aqui, adolescente, a diria fadista. Antes de entoar menores, 
mourarias ou maiores (variantes de fados), e logo como gente grande, Cristina não frequentara casas de fado ou escutara o vinil das vozes da tradição. 
Conhecia alguns fados de ouvido, trauteados pelo avô materno, 
letras e acordes que repetia de improviso sem ter consciência de 
como estes se entranhavam, como lhe decidiam o destino. Estava 
por essa altura mais próxima de Billy Holliday e Ella Fitzgerald, de 
Janis Joplin e Joni Mitchell do que Amália Rodrigues. Quando o 
mesmo avô lhe ofereceu pelos seus 18 anos o disco Rara e Inédita, 
obra maior e menos conhecida da grande diva do Fado, não sabia 
ainda como acabara de lhe mudar a vida para sempre.

Na verdade, escassos meses antes de pisar um palco a primeira 
vez, em Amesterdão (1996, Zaal100), Cristina nunca se imaginara 
sequer uma intérprete amadora ou cantadeira de horas vagas como 
é próprio de muitos fadistas que encontram no fado um pretexto de 
ócio ou expiação. Se havia fado na sua vida de adolescente, era 
apenas no mais profundo sentido etimológico da palavra (o fatum, 
o destino) que a dizia já “fadada” para a palavra. Até 1996, aos 24 
anos, duas ou três experiências de canto fortuitas, e arrancadas 
a custo da sua timidez histórica, eram tudo o que havia feito 
publicamente enquanto “cantora”. 
O Jornalismo era “a arte” que procurava. Talvez por isso, hoje e 
sempre, as palavras (os redondos vocábulos, como lhes chama) 
rejam todos os seus discos, todas as suas intervenções, todos os 
seus projectos em curso. Cantora de poetas, os maiores de 
Portugal (Camões, Pessoa, David Mourão Ferreira, José Afonso…), 
e alguns do mundo (como Paul Éluard, Leo Fèrre, Alfonsina Storni 
ou Slauherhoff), Cristina Branco fez do seu modo de entender o 
fado uma espécie de porta-voz da Poesia e da Literatura do 
cancioneiro nacional. Passada uma década desde a sua estreia no 
Círculo de Cultura Portuguesa de Amesterdão (onde antes 
passaram Zeca Afonso, Carlos Paredes, Sérgio Godinho…) 
reconhecem-lhe hoje os seus pares, como marca de personalidade 
humana e artística, um fortíssimo e muito sincero pendor poético. 
Traço maior aliado a uma exigência ainda maior com os rigores da 
dicção e a clareza da palavra que na hora de ser voz (de uma 
límpida volúpia) é como se desse corpo à alma contida no poema.

Depois, do Fado espera-se em demasia que este traduza o 
sentimento trágico da vida: o sofrimento, a saudade e a impotência 
perante o destino. A tradição já longa do Fado depositou algumas 
“fórmulas” para dar voz a esses sentimentos, cuja invariável 
repetição tem conduzido à delapidação desse tesouro expressivo, 
ao seu inevitável esvaziamento emocional, ao sobrevoar das 
palavras pelos cantores. Porém, e ao arrepio dos cânones mais ensimesmados do Fado dito tradicional, o caminho de Cristina Branco tem sido outro: autónomo, singular e muitas vezes ébrio 
de alegria (como no tema iconográfico da sua carreira «Sete 
Pedaços de Vento», in Ulisses). No mínimo, o caminho do Fado 
de Cristina reveste-se da volúpia do aborrecimento.


Sem procurar uma ruptura ingénua com a tradição, antes 
procurando o que nela há de melhor (oiçam-se alguns dos 
"clássicos" por ela cantados), Cristina Branco reanima a tradição com 
a sua originalidade. Em todos os seus discos tem procurado o 
exigente convívio dos textos com a musicalidade inata do fado.

Cristina Branco reúne toda a emoção que o género podia conter na 
sua íntima ligação entre voz, poesia e música. Tal como outros jovens 
músicos que, desde meados dos anos 90, encontraram no Fado a 
sua forma de expressão, contribuindo para uma surpreendente 
renovação da Canção de Lisboa, Cristina Branco começou a definir 
o seu percurso, onde o respeito pela tradição caminha lado a lado 
com o desejo de inovar. Se nada na vida de Cristina indicava que o 
seu destino seria o fado, temos hoje de admitir que Cristina Branco 
está a criar um estilo senão “raro”, certamente “inédito”.

Voz, guitarra portuguesa, viola e viola-baixo, piano); uma mistura de 
fados tradicionais, temas próprios e canções populares.

Tiago Salazar, 5 de Outubro, 2008


Pontos Altos 


A cantora grava "Cristina Branco Live in Holland", em edição de 
autor, registado ao vivo em dois concertos realizados no dia 25 de 
Abril de 1996. Foram feitos mil exemplares "que se venderam 
imediatamente", logo seguidos por novas edições sucessivas, até 
se chegar aos 5000 discos vendidos. 


Edita o disco "Murmúrios" pela editora holandesa Music & Words. 
O disco reúne 14 temas, desde fados tradicionais como "Abandono" 
(imortalizado por Amália, com texto de David Mourão-Ferreira) a 
versões de Sérgio Godinho ("As certezas do meu mais brilhante 
amor") ou de Luís Vaz de Camões, com música de José Afonso 
("Pombas brancas"). A maioria dos temas tem assinatura de Maria 
Duarte, autora dos textos, e músicas de Custódio Castelo. 

Recebe, em França, em 1999, o Prix Choc da revista "Le Monde 
de la Musique" pelo melhor disco de “música do Mundo”.


Em Fevereiro de 2000 sai o álbum "Post-Scriptum" (título de um 
poema de Maria Teresa Horta). Conquistou o Prix Choc, desta vez 
para o melhor álbum do mês de Março, em França.


Na Holanda edita o disco "Cristina Branco Canta Slauerhoff", o 
segundo desse ano, com textos do poeta holandês J. J. Slauerhoff 
(1925-1976) Jan S. (1898-1936), com tradução de Mila Vidal Paletti 
e música de Custódio Castelo. O disco constitui como que uma 
prova de agradecimento de Cristina Branco ao país que lhe abriu 
as portas do sucesso embora nunca tenha vivido na Holanda.


Durante o ano de 2000, a cantora realizou cerca de 130 
espectáculos por todo o mundo. O disco "Corpo Iluminado", o 
primeiro com edição da Universal Music Classics França, foi editado 
em 2001.


Em 2002 é reeditado "O Descobridor", novo título para o disco onde 
canta Slauerhoff, com três novos temas.


O sexto álbum de Cristina Branco, de título "Sensus" foi editado 
pela Universal, no dia 24 de Março de 2003. A música é assinada 
por Custódio Castelo. O álbum conta com letras de David 
Mourão-Ferreira, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Eugénio de 
Andrade, Camões e Shakespeare, entre outros.


"Ulisses" é o nome do disco seguinte, editado em 2005.


Em 2006 é editado «Live», um registo ao vivo, tributo a Amália 
Rodrigues.


Em 2007 demarca-se do fado e revisita a obra do cantautor Zeca 
Afonso, com o trabalho “Abril”.


Em 2009, Cristina Branco regressa à interpretação de temas inéditos. 
O disco “Kronos” inclui 14 temas que têm por conceito unificador o 
tempo, compostos por um conjunto de músicos, de letristas e de 
poetas cujos universos de algum modo se cruzam com as 
preocupações de qualidade musical e poética de Cristina Branco. 
Ricardo Dias, Mário Laginha, Rui Veloso, António Victorino de 
Almeida, Janita Salomé, Vitorino, Amélia Muge, Carlos Bica, Sérgio 
Godinho e José Mário Branco são os responsáveis por músicas para 
palavras escritas, entre outros, por Fernando Pessoa, Manuel Alegre, 
Júlio Pomar e Carlos Tê.

Texto retirado do seu sítio oficial, para mais informações consulta o seguinte endereço.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Prémio Desempenho+ na CCFL (Carris de Lisboa).



Após visionamento deste vídeo e o conhecimento do regulamento que o suporta, merece o mesmo, certos reparos por parte de um motorista profissional e orgulhoso em pertencer a uma empresa centenária e que seguramente pela sua descrição e coerência admite que nunca irá receber o referido prémio (por opção própria) dado que não concorda com o método e análise na atribuição.
Vou transcrever a passagem do nosso Administrador actual, o senhor Silva Rodrigues, acreditando na sua visão objectiva na aplicação do prémio, mas ciente que ele mesmo após a leitura deste "post" poderá questionar-se sobre alguns pormenores que decerto lhe escapam.


(...)É exactamente um estímulo à meritocracia, aquilo que pretendemos, obviamente, é estimular um desempenho excelente e por isso designamos este prémio como Desempenho+. Aplicamo-lo aos nossos guarda-freios e aos nossos motoristas.São muito o rosto da Carris na cidade, queremos obviamente, que os colegas possam ver nestes outros seus colegas uma referência e queiram, obviamente, fazer tão bem quantos estes são capazes de fazer. (...)


Eu partilho na empresa todas as minhas vivências particulares e profissionais ao longo dos cerca de 15 anos em que sou colaborador da CCFL e espanta-me que um prémio que poderia ser digno e de mérito esteja condicionado à apreciação individual e ao relacionamento diário que alguns colaboradores têm com os avaliadores ao ponto de pensar que tenho um grande erro em laborar no período nocturno, que é menos visível.
Sei o que sou e sei como trabalhar por vezes em ambientes nocturnos que são bem mais problemáticos do que se estivesse a laborar de dia.
Vou partilhar alguns momentos/exemplos (não posso ser exaustivo) que tive e tenho nesta empresa e equipará-los com algumas definições entendidas neste vídeo e nas declarações do nosso Administrador.


Desempenho


- Atendendo a certos horários que não são compatíveis com outros transportes, como por exemplo da carreira 28, tento dentro dos possíveis fazer com que os clientes possam ter corrospondência com os barcos.


- Tenho um índice de acidentes muito baixo e inclusivé nestes 2-3 anos não tenho qualquer ocorrência.


- Tenho uma taxa de absentismo muito baixa.


- Quando faltei (poucas vezes nestes 15 anos) sempre telefonei com a preocupação na reorganização do serviço e de todos os departamentos, de modo a não prejudicar o seu funcionamento.


Relacionamento na empresa e com colegas


- Tenho uma grande disponibilidade em conversar afim de criar empatias e proporcionar a dualidade de critérios para que todos que me reconhecem como consciente na preparação da base do meu diálogo ou na apresentação de um tema, a perspectiva isenta e imparcial como comento. A ideia é não criar conflitos, mas sim, criar nas pessoas o sentido da discussão positiva (brainstorming) de modo a que reconheçam que tudo o que ouvem ou dizem por vezes têm o significado na origem das intenções dos seus oradores. Por isso no nosso quotidiano, entre colegas e tomadas de posições da Administração ou das Organizações Representativas do Trabalhadores tem que ser observado esta directiva da observância e do seu oposto.
   No fundo aquilo que digo se não for devidamente esclarecido pelos visados, mantenho a minha posição. Se for elucidado, obviamente, após conferência dos actos e opiniões dos meus interlocutores terei que mudar a minha perspectiva sobre o assunto (seja qual for a sua génese) em causa.
   Em tudo o que faço ou penso vai no sentido da preservação da identidade da CCFL e da sua implicação como empresa do tecido empresarial do estado português, salvaguardando assim, a sua actualização no que respeita à sua organização (sobretudo através das normas ISO relacionadas com a certificação) sem nunca omitir o seu passado e a necessidade de ser a empresa modelo com o prestígio adquirido ao longo dos anos. Resumindo, a minha perspectiva tem a ver com o respeito por todos no que organizacionalmente está acordado entres todas as partes e sem esquecer a minha visão no âmbito da Qualidade Total dado que já tive formação dentro da àrea e relacionada com o exercício de anteriores profissões, como por exemplo a de inspector/verificador de Qualidade.




Imagem/Rosto da empresa


- Sou cordial.


- Digo sempre "Obrigado" a quem seja após vender um bilhete e não o coloco na banqueta, dou o bilhete comprado sempre à mão.


- Sou atencioso com quem me aborda a pedir informações, mesmo estrangeiros   dado que tenho conhecimentos escritos e falados nas línguas Francesa e Inglesa.


- Por norma tenho um fácies e atitude que permite uma possível abordagem por parte do cliente, ou seja, não sou "trombudo".


- Tenho um óptimo relacionamento com os clientes habituais, ao ponto de sentirem a minha ausência em cinco semanas, dado que é o período entre a mesma altura. Porque sou efectivo em Grupo.


- Reconheceram-me (os clientes que transportava na carreira 28) quando ajudei uma senhora idosa, manifestamente com perturbações associadas à idade, quando por engano na Gare do Oriente entrou na minha carreira querendo ir numa outra direcção e numa outra operadora. O acto foi bastante comentado posteriormente durante o percurso, pelo facto de ter pegado na senhora ao colo para ultrapassar uma pequena barreira arquitectónica e a levado à paragem da outra concessionária.


- Numa ocasião (na 28) deram-me ordens para ir reservado para o Cais do Sodré. Quando passava por cima do viaduto na entrada sul da Expo, houve segundos antes um acidente (choque frontal) entre duas viaturas. Uma senhora enganou-se na entrada e subiu em contra-mão. Eu ia atrás de um semi-reboque quando de repente este trava a fundo forçando-me a travar de emergência. O acidente tinha ocorrido praticamente naquele momento e fomos os primeiros a chegar. Assim sendo, saí do autocarro e mais o condutor do semi-reboque fomos de imediato socorrer a vítima que estava encarcerada.
Dado que a minha área de estudo era ciências (frequência do 11º ano) e o facto de ter já possuído o cartão de socorrista e possuindo ainda os respectivos conhecimentos de primeiros socorros, pudemos colocar em segurança o respectivo cenário de acidente quer nas viaturas acidentadas assim como os ocupantes.Passados uns minutos chegaram os bombeiros e as autoridades.


- Na carreira 714 e quando vou a passar junto à entrada do condomínio de Caselas estava um cão sentado no asfalto (de costas para o autocarro) e imóvel. Abrandei a marcha e inclusivé parei, dado que pela comutação das luzes e uns pequenos toques de buzina, este permaneceu imóvel. Achei estranho tal cenário dado que o canídeo estava com uma fralda colocada no seu traseiro. Consciente que o animal estava perdido e gostando eu de animais, peguei nele e levei-o para dentro do autocarro sem antes perguntar aos seguranças do condomínio se conheciam o animal, ao que a resposta foi negativa. Mesmo assim deixei o meu contacto para que se aparece-se alguém a reclamar a sua falta saberia que estava comigo. Eram cerca das 23:59 horas e como ia na direcção de Belém esperei pela viagem da 00:25 de Belém para a Outurela para que na passagem pelo Hospital Veterinário do Restelo fosse indagar se por possibilidade esse animal pudesse ter fugido das suas instalações. Foi-me dito que não, pedi então que verificassem se ele possuía o "chip" para que eu posteriormente identifica-se o seu dono. Por sorte ele possuía mas não foi preciso aceder no dia seguinte á entidade que possui esses dados. Porque no final do dia de trabalho e quando eu já regressava a casa no meu veículo com o cão, recebo em Algés uma chamada no telemóvel. Eram os seus donos.
Fui logo entregar o cão e explicar o que tinha sucedido e da maneira que aqui escrevi. Soube depois que o cão era surdo e tinha problemas de visão e de saúde, ao que os donos ficaram extremamente gratificados com a minha postura. Nesse natal disseram-me para ir à portaria do condomínio para levantar uma singela recompensa. Era um cabaz de Natal.


Estes são alguns dos exemplos que definem a minha personalidade e reconheço que haverá muitos outros motoristas e guarda-freios que possam ter condutas semelhantes mesmo os que recebem o prémio. O que difere entre mim e alguns colegas que recebem o prémio Desempenho+, é que quando eu estiver doente por doença natural vou para a baixa ou para a baixa de seguro se for acidente de trabalho. Se morrer alguém que na lei me permita ter os dias correspondentes à licença de nojo, eu gozo-os. Se o meu dia de anos me é concedido, eu gozo-o. Ou seja, embora no regulamento não esteja implícito as cedências destes direitos ou outros para que na base de um critério relacionado com o absentismo me seja atribuído o referido prémio, o certo é que alguns colegas os cedem "por obrigação de acesso" e após contacto havido por superiores hierárquicos. Do género, tens todos os requisitos, mas se abdicares de... estás inserido no possível acesso. E não se faz esperar todo o tipo de situações (por parte dos colaboradores), desde colocar férias em vez do gozo de dias, dissimular uma doença ou impedimento físico e trabalhar ( pondo em risco a sua integridade assim como de clientes e de terceiros na via pública), fazer serviços ou horas extraordinárias sem o respectivo descanso entre serviços (11 horas), etc... etc... etc...


Se uma empresa permite que seja concedido este prémio nestas condições, o sentido de mérito que visa premiar o desempenho desemboca num conluio de interesses. Eu neste caso, sinto-me injustamente apreciado face à essência e envolvência que o prémio actualmente pressupõe. O sentido do prémio dado pelo Administrador está correcto, mas o acesso a ele é complicado e resulta por cedências e não se pode chamar colaboração ou excelência no desempenho a isso. Por exemplo, a baixa do  absentismo na empresa, além dos colaboradores não faltarem por "capricho"  com intenção de acederem ao prémio, na recusa da empresa em não deferir os pedidos de LP'S, a colocação de dias de férias em situação de baixa ou outras, resulta nas artimanhas utilizadas por esses colaboradores em não cumprir o que está escrito na integra no nosso AE ou no CCT, em que têm o direito de gozo de dias consoante os artigos e alíneas relacionadas com a questão.


Perante tais factos vou continuar a ser o que sou independentemente da existência do prémio, mas concluo que da maneira em que está a ser atribuído, ofende as minhas liberdades, direitos e garantias. Como tal, enquanto não for regularizada essa atribuição através de um regulamento claro e transparente e que confira o acesso a todos sem qualquer tipo de cedências ou reservas, eu não o quero. Por isso nunca poderei tomar como referência esses meus colegas que estão no Desempenho+ e que são visados no vídeo. Não quero fazer tão bem quanto eles, porque na minha opinião e num certo sentido, eu sou superior a eles.


Sinto um grande orgulho nesta empresa e que fique claro que mesmo após este desabafo, irei continuar a participar na vida social da empresa, quer através da minha postura e conduta profissional, quer igualmente no relacionamento com os meus superiores hierárquicos sugerindo e apresentando sugestões para que a empresa evolua sustentavelmente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eléctricos da CCFL (Carris de Lisboa).

Estes são alguns dos eléctricos vendidos e/ou cedidos e que não se sabia do seu paradeiro. Fizeram durante anos o transporte de milhares de passageiros na cidade de Lisboa. É bom saber que parte da nossa identidade, apesar de alguns não estarem em Portugal, se encontra preservada ou em vias disso, pelas entidades que os adquiriram. A CCFL (Carris) deveria ter um espaço museológico condigno com a sua história. Todo o material circulante deveria pelo menos estar representado no museu com um veículo de séries diferentes, mesmo quando o chassi fosse aproveitado para remodelações para novas séries.

Apesar de tudo a CCFL (Carris) tem feito os investimentos possíveis para que     o núcleo museológico seja representativo com a dimensão da empresa. A empresa contém uma inúmera quantidade de registos materiais, de organização, de artes e ofícios que aos longo dos seus 138 anos de história foi adquirindo e que se encontra fora da visualização dos visitantes, não permitindo assim que todos nós tenhamos uma visão real da importância da empresa enquanto entidade prestadora de um serviço público. 


Não se pode sonegar esta história empresarial e todo o seu "know how". Todos os portugueses, instituições públicas ou privadas e os Governos sucessivos deveriam ser sensibilizados para a preservação da empresa na perspectiva de um monumento nacional de actividade empresarial único em Portugal. 



Estes estão em Portugal (por enquanto) e devido à abnegação e amor que o seu proprietário tem em relação aos eléctricos. O video foi realizado em 2008.




Esta fotografia do 734 foi tirada em Agosto de 2002 em Palma de Maiorca (Espanha). Foto de James & Martin's Picture Collection Copyright 'Jampics' m.hawkes7@ntlworld.com.


O 734 noutra foto de Fevereiro de 2006. Foi tirada pelo Dr. J. van Heyst mrdata1968@yahoo.com



O 22 e 24 na Estação de Soller em Maiorca. Foram comprados à CCFL em 1995 e restaurados em Espanha. Foto tirada por Carlos Perez Arnau em Julho de 2001. carlosperez@studio3.es

O 350 no Museu Industrial de Córdoba (Argentina). Visite o sítio em www.tranviasdecordoba.org.ar.


O 305 a ser transportado entre 1996 e 1998 e ostentando as  cores e publicidade da sua última viagem em Lisboa.

O 305 no Norte do País de Gales. Com as cores e número alterados para a entidade que o adquiriu (Llandudno and Colwin Bay Tramway Society). Aqui é o 25 num festival de transportes em Llandudno no ano de 2000. Visite o sítio em www.railfaneurope.net.
O 730 no Merseyside Tramway Preservation Society em Inglaterra. Visite o sítio em www.mtps.co.uk.
O 342 em Mar del Plata (Argentina) no Parque Camet no ano de 2000. Foto tirada por Aquilino González Podestá www.tramz.com/tw/la.html.
O 346 em 1997 à chegada em Elizabethport (New Jersey - USA). Foi adquirido pelo New Jersey Transportation Heritage Center por cerca de 6600 US$.www.njthc.org.


O 531 encontra-se  no estado de Yukon (Canadá). Vejam a fotografia e o historial em http://www.flickr.com/photos/flyer_901/3714903581/.