Informar é cultura

Apresentação e explicitação da vida Portuguesa como sinónimo da nossa nacionalidade passando pelos mais variados temas, sem contudo esquecer, o debate de temas proibidos que pecam e se perdem na ignorância dos povos e a sua abordagem por parte dos sectores políticos vigentes. "Ubi veritas?"



sábado, 23 de novembro de 2013

Inactividade temporária do blogue.

Em virtude de acontecimentos recentes da minha vida que não me permitem dar sequência que ambicionei a este blogue, venho-vos pedir que não deixem o de visitar, certo de que um dia poderei voltar.
O meu obrigado.
Aldino Peres

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Greve da CCFL - Carris de Lisboa em 07/11/2013 (Estação de Miraflores).

Podem visualizar sem qualquer edição ou selecção das fotografias que retirei do plenário centralizado na Estação de Miraflores. Que sejam retiradas as ilações desta unidade que tardou a acontecer, e resta agora dar continuidade no futuro. Não vamos desperdiçar este acontecimento baseado na unidade por objectivos comuns e dar seguimento em lutas (sejam elas quais forem) que posteriormente acontecerem.
Cliquem aqui para visualizar o album na minha página no Facebook.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Como derrubar um governo, políticos, pessoas influentes e empresas que nos levaram a esta crise.

Este video começa aos 49 minutos e diz respeito ao Equador e passa pelo caso Grego. Se quiserem vê-lo na totalidade é só clicar no início (o qual eu aconselho). É assombroso verificar que no caso Grego as motivações da inevitabilidade das reformas que levam à austeridade proferida pelos políticos gregos seja igual aos políticos portugueses, ou seja, MENTEM a favor do FMI-BCE-UE. No video cliquem no ícone das legendas para que o video tenha as legendas em Português. As semelhanças ao nosso país são incriveis, desde a origem da dívida contraída, submarinos comprados à Alemanha, privatizações e até aos "swap's",ou seja, é uma jogada neo-liberal a nivel mundial que visa a globalização e a destruição da autonomia dos países a favor de outros mais poderosos que promovem este conceito (o clube Bilderberg não existe por acaso). Vejam-o e assinem a petição.
Petição pública, clica aqui. 
 
 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Aníbal Cavaco Silva (presidente da républica portuguesa) e a P.I.D.E (polícia internacional e de defesa do estado).

 
 
 
 
    VALE A PENA RELEMBRAR - ISTO ANDA TUDO LIGADO.

Não foi qualquer gesto subversivo que levou a polícia política a interessar-se por Aníbal António Cavaco Silva. Foi o general Martiniano Homem de Figueiredo, responsável pela Autoridade Nacional de Segurança, que em Maio de 1967 pediu ao director da PIDE que mandasse averiguar se havia alguma informação em desabono deste jovem de Boliqueime.

Se a PIDE não se opusesse, Cavaco Silva, portador do BI número 153955, poderia ser autorizado a manusear documentação classificada até ao grau de “Nato Secreto” (o segundo nível mais restrito de informação) na Comissão Coordenadora da Investigação para a NATO – como era desejo do general, que tinha sido deputado à Assembleia Nacional e presidente do Sporting, antes de assumir o comando operacional das várias entidades de defesa do país.

Aníbal tinha 28 anos e a vida encaminhada: já estava casado com a actual primeira-dama, cumprira o serviço militar em Moçambique e tinha dois filhos. Trabalhava já como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e professor assistente do ISCEF (Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras) onde tinha sido um dos melhores alunos.

A polícia política abriu o processo número 995/67 e pediu ao chefe de gabinete do ministro da Educação que fizesse comparecer Cavaco Silva na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso. O professor faltou à primeira convocatória mas, após uma insistência do director da PIDE, em Dezembro de 1967, preencheu o “formulário pessoal pormenorizado”, um boletim de 4 páginas que era burocraticamente designado como “modelo 566”.

A alínea 12 colocava uma questão directa: “Sua posição e actividades políticas”. Na linha de baixo, num momento em que António de Oliveira Salazar - então com 78 anos - cumpria o seu 35.º ano como líder da ditadura, Cavaco Silva escreveu: “Integrado no actual regime político”. Deixou mais uma linha e acrescentou: “Não exerço qualquer actividade política”.

Na alínea 23, solicitado a indicar “duas pessoas idóneas (de preferência oficiais do Exército, Marinha ou Força Aérea) que o possam abonar moral e politicamente”, o actual Presidente da República quis fazer mais do que o formulário requisitava. Com a sua caneta riscou o “duas” e anotou por cima “três”, para o caso de a PIDE não reparar que tinha indicado um nome extra.

Deu então os nomes de um membro da União Nacional - o partido do regime liderado por Salazar - José Rodrigues Alho, que exercia a profissão de fiscal da Carris (a empresa que geria os autocarros e eléctricos em Lisboa); do presidente da Junta de Freguesia de Santo Condestável, o tenente do exército Artur Ticão; e de um membro do secretariado da Defesa Nacional, o capitão António Ferreira da Costa.

Depois de prestar todas as informações sobre os seus dados de identificação, como nome, morada actual e endereços anteriores (viva num 5º andar da R. Padre Francisco e antes tinha residido noutro 5º andar na vizinha Rua Almeida e Sousa, na zona de Campo de Ourique, em Lisboa), locais onde estudou, situação militar (“Teve algum castigo? Não tive punições”), empregos, nomes e dados dos pais, esposa, irmãos, cunhados e sogros, foi ainda confrontado com a alínea 20, onde lhe era perguntado se algum destes familiares tinha residido na União Soviética ou Satélites – uma pergunta obrigatória, num contexto de Guerra Fria, a qualquer candidato a manusear documentos relacionados com a Organização do Tratado do Atlântico Norte.


 Na folha de rosto do boletim está agrafada, no canto superior esquerdo, uma sua foto tipo-passe, de blazer, pullover, camisa branca e gravata escura. Na última página, a seguir à data (Lisboa, 21/12/1967), o respondente rubricou a sua assinatura: “Aníbal António Cavaco Silva”. Depois, num espaço reservado para observações, entendeu que devia prestar uma informação adicional sobre a família: “O sogro casou em segundas núpcias com Maria Mendes Vieira, com quem reside e com quem o declarante não priva.”




Os funcionários da PIDE recolheram informações sobre o “porte moral e político” do então professor e investigador, os homens indicados por Cavaco Silva foram contactados, e o agente Amorim concluiu que “moral e politicamente nada se conseguiu apurar em seu desabono”.

Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo Por Pedro Jorge Castro.

Resta acrescentar que uma das críticas apontadas a Cavaco Silva, foi que quando era Primeiro-Ministro, condecorou dois ex-inspectores da PIDE, um dos quais estivera envolvido nos disparos sobre a multidão concentrada à porta da sede daquela polícia política ; mas recusou uma pensão a Salgueiro Maia: um dos heróis da Revolução dos Cravos em 25 de Abril de 1974, que postumamente foi atribuída em 1995 por António Guterres como "Pensão de Sangue".

Arrependido (?) do erro, Cavaco Silva depositou uma coroa de flores, 20 anos depois, junto à estátua do Capitão de Abril, falecido em 1992.

À TSF, Cavaco Silva admite ter preenchido a ficha na PIDE mas não se lembra. Depois de Manuel Alegre o ter associado ao Salazarismo por Cavaco Silva ter preenchido uma ficha na PIDE para aceder a documentos da NATO, o candidato diz que, se o fez, foi por razões académicas.
Aqui denota-se a inconsistência no discurso, então admite e não se lembra (como no caso da Aldeia da Coelha) e depois se o fez certamente foi por razões académicas. Até onde vai a mentira.

Aos 2 milhões de Portugueses que o elegeram o meu sincero obrigado por me terem prejudicado na vida, e ele agradece a eleição mesmo após de se saber o escândalo do caso BPN em que lucrou com a venda das acções não cotadas em bolsa.

Mais informações sobre o percurso de vida deste sujeito vejam aqui.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Grândola Vila Morena - Nelkenrevolution 25/04/1974 (Revolução dos Cravos em 25 de Abril de 1974).

Dado que os Alemães poderão não reconhecer esta canção como o código que deu a origem á revolução de Abril de 1974, fica esta preciosidade traduzida e sobretudo o significado de um trecho da letra em que diz "O povo é quem mais ordena - Das volk regiert, oder, Regiert das volk" (percebe dona Merkel). Esta canção tem sido utilizada como contestação aquando as aparições públicas de alguns membros do governo PSD/CDS. Oiçam e interiorizem.

"Nelkenrevolution" - Portugal 1974
Am 24. April 1974 um 22 Uhr 50 spielte der portugiesische Rundfunk das Liebeslied "E depois do adeus" (Nach dem Abschied) von Paulo de Carvalho. Dies war das erste verabredete Signal an die aufständischen Truppen.
Um 0 Uhr 30 am 25.4. las der Sprecher des Rundfunks Rádio Renascença die erste Strophe des von der Diktatur verbotenen Liedes "Grândola vila morena" des Liedermachers José Afonso vor, danach erklang das Lied selbst, gesungen von dem antifaschistischen Protestsänger Zeca Afonso.
Diese Verse waren für alle militärischen Einheiten, die sich zur "Bewegung der Streitkräfte" (Movimento das Forças Armadas, kurz: MFA) bekannten, das Signal zum bewaffneten Aufstand.
Knapp 18 Stunden später war Europas älteste Diktatur gestürzt.
Der 25. April wird in Portugal als "Der Tag der Freiheit" (O Dia da Liberdade) gefeiert.



Grândola vila morena,
Terra da fraternidade,
O povo é quem mais ordena,
Dentro de ti ó cidade.

Dentro de ti ó cidade,
O povo é quem mais ordena,
Terra da fraternidade,
Grândola vila morena.

Em cada esquina um amigo,
Em cada rosto igualdade,
Grândola vila morena,
Terra da fraternidade.

Terra da fraternidade,
Grândola vila morena,
Em cada rosto igualdade,
O povo é quem mais ordena.

À sombra de uma azinheira,
Que já não sabia a idade,
Jurei ter por companheira,
Grândola a tua vontade.

Grândola a tua vontade,
Jurei ter por companheira,
À sombra de uma azinheira,
Que já não sabia a idade.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Filologia Barranquenha - Dialecto da região de Barrancos.


 
Em meados dos anos cinquenta do século passado foi editado postumamente pela Imprensa Nacional de Lisboa um livro em que o Dr. José Leite de Vasconcelos (1878-1941, ver aqui biografiaver aqui mais dados biográficos ) tinha já entregue ao prelo após uma primeira revisão e que provavelmente deveria ter saído em 1941.

José Leite de Vasconcelos esteve em Barrancos a primeira vez em 1938 para reunir materiais, e voltou em Agosto de 1939 para lá redigir o trabalho para o prelo, o que não pôde fazer completamente por ter adoecido e tendo assim regressado a casa onde o conclui-o.
Anteriormente já o autor tinha publicado uma amostra deste dialecto no opúsculo "Da fala de Barrancos" e que pretendia que fosse complementado pelo presente "Filologia Barranquenha - Apontamentos para o seu estudo".
 
No requerimento ao Ministro do Interior da época em que se pretendia a sua edição, José Leite de Vasconcelos refere a essência do estudo do dialecto com a perspectiva de salvaguarda, contrariando assim o esquecimento que eventualmente poderia surgir por falta de um estudo que não fosse editado.
Desse requerimento, retrata de maneira sumária a equidade com outra regiões e a base do seu falar.

(...) O Barranquenho é um curioso dialecto popular usado no concelho de Barrancos; tem por base o falar do Baixo Alentejo, modificado pelo estremenho-andaluz, que lhe deu uma feição muito notável. (...) O Barranquenho é linguagem raiana, paralela de algum modo às que se falam em Miranda do Douro e na região de Xalma (...).

Do presente livro, irei retirar algumas passagens que me parecem as mais significativas para que se possa entender a importância deste dialecto.

(...) 1.  Barrancos, no Alentejo Baixo, está posto em sítio montuoso, e de constituição xistenta, a 300 ou 400 metros de distância da raia, tomada em linha recta; e o seu território, ou concelho de Barrancos, penetra na Hespanha, como uma cunha, que fica pois delimitada por território hespanhol ao Norte, Nascente e Sul, e tem de superfície 189,50 quilómetros quadrados ( Censo das povoações, de 1911, p.6). Do que resultam, naquele ponto, especiais relações sociais entre as duas nações vizinhas, e acção recíproca, maior, já se vê, da de lá na de cá, do que ao invés, atenta a pequenez e insulamento do nosso rincão - esta palavra é plural de barranco (...).

(...) 4. A nomenclatura geográfica traduz de ora em quando as condições do terreno xistento em que a povoação assenta: Montes Claros ( se o nome é indígeno ), elevação central d'onde irradiam umas tantas ruas, entre elas a de Encinasola, antigo caminho para a próxima povoação hespanhola dêste nome, o Cerro ou Cêrru pròpriamente dito, verdadeiro empilhamento de habitações, ainda há poucos anos chamado de Cêrru de João Râmu, e em que havia apenas uma ou outra casa, rodeada de silvado e de mato. Em Alto Sano, ou Çanu, designação imposta ao largo de S. Sebastião, que fica entre a rua dêste nome e a de S. Bento, devemos ver uma importação de Encinasola, que já tem um sítio assim chamado ( Monte Sano ). A rua de S. Bento vai dar ao cemitério, o ponto mais elevado da vila, com extensas vistas para a nação vizinha. (...)

(...) 9. Da convivência, a que se aludiu, de Hespanhóis com os habitantes de Nóudar e de Barrancos adveio influência hespanhola no português, a qual muito concorreu para a formação de um tipo especial de linguagem, designado na povoação por barranquenho, ou fala barranquenha, ou fala à barranquenha. Por barranquenhada designa-se uma expressão mais ou menos própria do barranquenho. (...)

Da influência Espanhola na linguagem de Barrancos pode-se verificar no livro a transcrição fonética reduzida a regras gerais e influências da gramática espanhola no falar de Barrancos e as relações do vocabulário ou léxico barranquenho com o espanhol.
Para se fazer uma melhor ideia do falar de Barrancos retiro estes contos e bastante explicativos no modo.

(...) 1. Um continhu
Era ~uma zorra i ~u môxu. I le di a zorra áu môxu:
- Anda cá, compádri môxu.
- Não! cumádri zorra, que logo me comí.
- Nã te cômu, compádri môxu, purqu'agora tem bindu uma orde~ du bixinhu nã fazênu má ~u òzôtru.
- Poi te~ que dize trê bêzi: môxu cumí!
Bàxando áu xão u môxu, a zorra abrí a bôca, pâ comê u môxu. A zorra bái a dizê:  môxu cumí! i u môxu saí a buá, dizendu:
- A ôtru ma não a mim!

(...) 6. Çalamom i u rapá
Quandu Çalamom êhtaba na cama, para murrê, pediu uma braza de lumi, que um rapá le trôçe na palma da mão sôbre uma pouca de çinza, para nã çe quêmá.
U belhu, au bê fazêR ihtu, diçe: Murrendu i aprêndêndu.

Segundo o autor na sua pesquisa documental, esta relação entre as línguas pode-se relacionar com um documento de 1245 em que refere que coexistiam no castelo de Nóudar dois idiomas: o espanhol por tradição antiga e o português. Desta coexistência houve transmissao e cruzamento entre as línguas, não esquecendo que ainda em 1527 a maioria da população de Barrancos era castelhana e só com o rolar dos anos e por influência política, a supremacia linguística passou para o português.
No fundo e presente até à data da intenção da publicação deste livro, podia-se dizer que se falava de três maneiras diferentes em Barrancos. O português, o espanhol e o barranquenho.
Aqui neste exemplo retirado do livro podem verificar alguns exemplos:

Português                Espanhol              Baranquenho
lavrador                   labrador               labradô
narizes                    narices                 narízi
ouviam                    oían                     obiõ
caio                         caigo                   cáyu

Na divisão quarta do livro denominado como "Seara Vocabular" e com a colaboração de D. Cesária de Figueiredo, está elaborado um trabalho de grande relevância no vocabulário barranquenho, em que se fez equivalência de palavras que constam num dicionário português com os vocábulos entretanto já identificados. Por ser de algum modo extenso, deixo-vos apenas algumas:

abufêtêá - esbofetear
açim - assim
alburóte - alvorôço
ahquêrozu - asqueroso, nojento
alifafe - minúcia, ex: Tantu alifafe.
balidêh - valia, valor
balô - valor
baltizá - baptizar
banhá - tomar banho
batáta - batata
batatá - batatal, plantação de batatas
biáji(m) - viagem
bonçere - vossemecê
burbê - voltar, volver
caquêru - vaso de flores
carbúru - vasilha de lata, com duas asas
côrmilhuh - dentes caninos
çilguêru - pintassilgo (espanhol - jilguero)
çinhidô - cinto, faixa para apertar a cintura (espanhol - ceñidor)
quinqué - candeeiro ( Mãi, qué que le lebe u quinqué? )
tabuádu - palanque que fazem na praça, de cima do qual se assiste às touradas
zôrra - raposa 

Nos seguintes endereços podem aceder a mais informação sobre esta questão do dialecto barranquenho.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

BPN - A fraude. Reportagem da Sic e outros assuntos relacionados. Os tabus de Cavaco Silva.


O caso BPN chega às capas dos jornais em 2008 por alegadas suspeitas de irregularidades no banco e, ainda nesse ano, a instituição é nacionalizada por decisão do Governo de José Sócrates, iniciando-se um processo que envolveu o nome do Presidente da República e se tornou um caso político e judicial. Depois do processo de reprivatização do banco se ter arrastado, o BPN acabou por ser vendido já este ano ao luso-angolano BIC por 40 milhões de euros, numa alienação muito questionada.
No final desta cronologia podem encontrar as quatro partes da série  "BPN - A fraude." realizada pelos repórteres da "Sic" e outros endereços relacionados com o contexto.

Cronologia dos principais acontecimentos no BPN desde a sua fundação:

1993 - Da fusão das sociedades financeiras Soserfin e Norcrédito com negócios na banca de investimento nasce o BPN, vocacionado para a banca de investimento.

1997 - O empresário Américo Amorim, principal accionista do banco, deixa o BPN, cedendo o lugar a accionistas como Saúl Maia Campos (um industrial ligado à construção civil) e Rodrigo Carvalho Santos, que passaram a ser os maiores investidores do banco.

1998 - O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do PSD, Oliveira e Costa, que ocupou o cargo num dos governos liderados por Cavaco Silva, assume a liderança do BPN, transformando-o num banco comercial.
É criada a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), 'holding' destinada a agregar os investimentos não financeiros do grupo.

2001/2002 - Manuel Dias Loureiro, antigo ministro da Administração Interna, trabalha durante nove meses como membro da comissão executiva da SLN, abandonando o cargo após desentendimentos com Oliveira e Costa.

2002 - O grupo compra o Banco Insular em Cabo Verde, ocultando o facto ao Banco de Portugal (BdP).

2003 - Aníbal Cavaco Siva e sua filha Patrícia Cavaco Silva Sá Montez enviam no mesmo dia, 17 de Novembro, um pedido para a venda das suas acções que foram valorizadas em mais do dobro do valor nominal por acção, ou seja, foram compradas a 1 euro e vendidas a 2,40 euros. Estas acções não tinham cotação em Bolsa. Neste pedido e após deferimento anotado na parte superior direita do mesmo, reconhece-se as expressões "SLN Valor", "2,40 euros por acção" e a assinatura de Oliveira e Costa. Estes pedidos podem ser consultados AQUI. 

2007 - O BdP pede ao grupo SLN/BPN que clarifique a sua estrutura accionista e proceda à separação entre as áreas financeiras (BPN e Real Seguros) e não financeiras (SLN Investimentos, Plêiade e Partinvest). Os esclarecimentos da administração do banco apenas foram prestados em 2008, já após a saída de Oliveira e Costa.

2008
Fevereiro - Oliveira e Costa abandona a presidência do grupo SLN/BPN, invocando problemas de saúde. O presidente do banco Efisa, Abdool Vakil, assume a presidência interina do grupo.

Junho - Miguel Cadilhe, antigo ministro das Finanças e ex-administrador do BCP, é eleito presidente do grupo SLN/BPN.

Outubro - Miguel Cadilhe denuncia vários crimes financeiros que alegadamente teriam ocorrido ao nível da gestão do banco, envolvendo três quadros superiores.

Novembro - Vários órgãos de comunicação social publicam notícias sobre alegadas irregularidades cometidas durante a gestão de Oliveira e Costa, envolvendo utilização do Banco Insular de Cabo Verde e de outros veículos 'offshore'.
- O Governo anuncia que vai propor ao Parlamento a nacionalização do BPN, após a descoberta de um 'buraco' de 700 milhões de euros, que durante anos foi ocultado do supervisor através do Banco Insular de Cabo Verde.
- O presidente do BPN, Miguel Cadilhe, considera a nacionalização "desproporcionada" e motivada por razões "políticas" e anuncia ainda a sua saída do banco assim que a nacionalização se concretize. No mesmo dia, o BPN passa a ser acompanhado no seu funcionamento por dois administradores da CGD.
- A Assembleia da República aprova a nacionalização do BPN.
- O Presidente da República promulga a lei que nacionaliza o banco.
- A Polícia Judiciária, a Inspecção Tributária e a Guarda Fiscal realizaram buscas às residências de José de Oliveira e Costa. O banqueiro é constituído arguido e detido por suspeitas de burla, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
- CDS-PP quer uma comissão de inquérito parlamentar para apurar se houve "falta grave" do Governador do BdP, Vítor Constâncio.
- José Oliveira e Costa fica em prisão preventiva por decisão de juiz de instrução.
- Dias Loureiro não vê "razão" para renunciar ao cargo de Conselheiro de Estado. O ex-ministro garante desconhecer existência do Banco Insular, bem como de irregularidades no BPN.

Dezembro
- Governo escolhe o Deutsche Bank e a Deloitte para avaliar situação patrimonial e financeira do BPN. Auditorias revelaram 950 milhões de euros de perdas e imparidades ocultadas ou omitidas por ex-gestores.
- Inquérito parlamentar sobre atuação do BdP aprovado por unanimidade.
- Miguel Cadilhe deixa cargo de presidente executivo da SLN, sendo substituído por João Carvalho das Neves.

2009
Janeiro - Oliveira e Costa invoca condição de arguido para não responder às questões dos deputados.

Maio - Dias Loureiro comunica a Cavaco Silva a sua renúncia ao cargo de conselheiro de Estado.

Julho - Dias Loureiro é ouvido como arguido no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) relativamente a dois negócios, o da Biometrics e o da Redal de Marrocos.

Julho - O ex-ministro da Saúde Arlindo Carvalho e dois administradores da sociedade Pousa Flores foram constituídos arguidos no caso BPN.
- Oliveira e Costa fica em prisão domiciliária com pulseira electrónica.

Outubro - O BPN instaura um processo cível contra o ex-conselheiro de Estado Manuel Dias Loureiro e contra o ex-presidente do banco, José Oliveira e Costa, por prejuízos contra a instituição. O BPN exige a Oliveira e Costa uma indemnização de 2,5 milhões de euros por um negócio relacionado com a colecção Miró.

Novembro - O Governo aprova a reprivatização da totalidade do capital social do BPN, sendo reprivatizado 95 por cento através de concurso público, destinando-se os restantes cinco por cento aos trabalhadores.

Dezembro - O Presidente da República promulga o diploma da reprivatização do BPN.

2010
Março - O Tribunal Central de Instrução Criminal decide levar a julgamento Oliveira e Costa.

Agosto - O Governo anuncia que o BPN será vendido no mínimo por 180 milhões de euros, devendo o processo deverá estar concluído até ao final do ano.

Novembro - O ex-presidente do BPN José Oliveira e Costa é colocado em liberdade, mas com apresentações semanais obrigatórias.
- A Associação de Defesa dos Clientes do BPN diz que "mais uma vez" não foram apresentadas propostas para a compra do banco, falhando esta operação de privatização. O prazo para a apresentação de propostas tinha sido alargado de 30 de Setembro para 30 de Novembro.

Dezembro - O ex-presidente do BPN Oliveira e Costa começa a ser julgado por crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de acções. Juntamente com José Oliveira e Costa serão também julgadas outras 14 pessoas e a empresa Labicer por crimes diversos. O processo ainda decorre.
- É conhecido que a administração do BPN pediu ao Ministério das Finanças um aumento de capital com o máximo de 500 milhões de euros.
- O candidato presidencial Cavaco Silva diz ser alvo de uma "campanha suja", a propósito da sua ligação a antigos gestores do BPN e da compra e venda de acções da SLN.
- Um despacho do Governo transfere as garantias estatais concedidas ao BPN para as três novas sociedade criadas no âmbito da reestruturação do banco.

2011
Fevereiro - O governador do Banco de Portugal revela, na comissão parlamentar, que "presumíveis fraudes" são responsáveis pela fatia de leão do 'buraco' financeiro de cerca de dois mil milhões de euros do BPN.

Março - O INE eleva o défice de 2010 para 8,6 por cento para o que contribui a incorporação nas contas nacionais das imparidades com o BPN, que acrescentam um ponto percentual ao défice de 2010.

Maio - No âmbito do memorando de entendimento assinado entre o Governo e a 'troika' é acordada a venda do BPN sem um preço mínimo, devendo o Governo encontrar um comprador até ao final de Julho.

Julho - O concurso para a privatização do BPN conta com várias propostas de aquisição, entre as quais, uma do Montepio, outra do BIC Angola e outra do Núcleo de Investidores Estratégicos.
- O Ministério das Finanças anuncia que BIC será o novo dono do BPN por 40 milhões de euros.

Agosto - O presidente do BIC, Mira Amaral, afirma que o banco luso-angolano vai manter pelo menos 750 trabalhadores dos 1.580 que fazem parte dos quadros do BPN.

Outubro - A Comissão Europeia anuncia a abertura de uma "investigação aprofundada" para determinar se a proposta de reestruturação do BPN "está em consonância" com as regras da União Europeia em matéria de auxílios estatais.
- A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) calcula em 1,3 por cento do PIB o impacto no défice do custo directo da nacionalização do BPN em 2010 e 2011, um valor que supera os 1,2 por cento do PIB de impacto dos cortes nos subsídios de férias e Natal. A UTAO calcula ainda que os encargos com juros que terão de ser suportados com as sociedades veículo do BPN vão originar custos na ordem dos 323 milhões de euros por ano, o equivalente a 0,2 por cento do PIB de 2012. Só em 2010, o impacto na dívida pública do BPN foi de 2,2 por cento do PIB em 2010.

Novembro - O advogado Duarte Lima é detido pela Polícia Judiciária ao abrigo de um mandado de detenção relacionado com o BPN por alegados crimes de fraude.

Dezembro - É assinado o contrato de promessa de compra e venda do BIC pelo BPN.

2012
Janeiro - A Autoridade de Concorrência aprova a aquisição do BPN pelo BIC, concluindo que esta concentração não cria ou reforça uma posição dominante que provoque entraves de concorrência nos sectores da banca e seguros.
- É conhecido que o Governo pretende fazer um aumento de capital de 600 milhões de euros no BPN, um valor superior aos 500 milhões de euros previstos.

Fevereiro - O PS anuncia que vai requerer a constituição de uma comissão de inquérito potestativa ao processo do BPN, depois de a direita parlamentar ter 'chumbado' o pedido do BE.

Março - O PSD e o CDS propõem uma comissão de inquérito parlamentar ao BPN.
- Os líderes parlamentares decidem, por consenso, dar procedimento à iniciativa potestativa do PS de constituição imediata de uma comissão de inquérito à gestão e reprivatização do BPN.
- Toma posse a nova comissão de inquérito ao BPN, presidida pelo socialista Vitalino Canas.
- A Comissão Europeia autoriza a reestruturação do BPN, que contempla a sua venda ao BIC Portugal, após algumas exigências de Bruxelas, como a cobrança de 'spread' pela Caixa Geral de Depósitos caso o BPN necessite de um crédito até 300 milhões de euros.
- O comissário europeu da Concorrência, Joaquín Almunia, assegura que o executivo comunitário não teria dado 'luz verde' à venda do BPN ao BIC se os custos para os contribuintes portugueses fossem superiores aos da liquidação do banco.
- Assinatura do contrato de compra e venda do BPN entre o Estado e o Banco BIC.

Abril - Fundo de pensões do BPN de 97 milhões de euros é transferido para o Estado.

Maio - A secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, é a primeira personalidade a ser ouvida no âmbito da segunda comissão parlamentar de inquérito do BPN, depois de a audição prevista para dia 2 ter sido adiada. Seguem-se nomes como o presidente do conselho de administração ao tempo da nacionalização, Miguel Cadilhe, o ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos e o ex-governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio.

Vídeos.




















Vejam a partir do minuto 3:10.

Endereços relacionados.

Como Cavaco Silva ganhou em mais valias 147 mil euros e a filha Patricia Cavaco Silva Sá Montez ganhou igualmente 209 mil euros. Clica na Frase.

Como Cavaco Silva e Patrícia Cavaco Silva Sá Montez perderam dinheiro na venda das acções. Afinal foram preteridos para outros que ganharam mais com o conluio. Clica na frase.

Aldeia do Cavaquistão (Aldeia da Coelha) no Algarve, os seus vizinhos e as ligações a offshores. Texto na integra da revista Visão. Clica na frase.

Neste blogue podem ver alguns tabus de Cavaco Silva, incluindo a escritura do Notário onde foi efectuada. Clica na frase.

Motor de pesquisa do Diário de Notícias sobre as notícias relacionadas com o BPN. Clica na frase.

Motor de pesquisa do Correio da Manhã sobre as notícias relacionadas com o BPN. Clica na frase.

Motor de pesquisa do Sol sobre as notícias relacionadas com o BPN. Clica na frase.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Apelo à Portugalidade e identidade nacional. Portugal e a morte anunciada. Como sair da crise (um contributo para um exercício de direito)?

Com base num dito de Raúl Brandão - " Dias há, em que me sinto responsável por todo o mal que se faz no mundo ", não será exagero dizermos que - " Dias há, em que me sinto responsável por todo o mal que acontece na minha terra ".

O conceito e interiorização da nossa identidade e portugalidade, passa pela maneira em que assumimos e nos comportamos em relação a isto mesmo. A intenção (sobre o que vão ler nesta mensagem) é nesta fase não entender este conceito à escala planetária, mas sim, à escala do nosso Portugal e da maneira como o vemos.
Sendo assim, irei então reflectir sobre o panorama nacional e na atitude colectiva que cada um de nós e as organizações que representam grupos de pessoas e/ou sectores laborais, com base no direito do trabalho,cidadania e identidade.

Portugalidade, ou portuguesidade, devem ser palavras correspondentes a uma atitude humana que nos valorize, dentro de Portugal. Importa que qualquer dessas palavras sejam sinónimos de um conjunto de qualidades positivas que mereçam incondicional confiança, cultura afinada, sentimentos de simpatia, gosto de bem servir, vontade firme, um só rosto nas decisões e clareza no pensamento.
Portugalidade, ou portuguesidade, comportam uma grande multiplicidade de aspectos. Neste intuito, só irei considerar alguns que parecem ser de maior importância face ao contexto social actual.

- O símbolo de Portugal, o trabalho, a solidariedade e o direito.

Contrariar a sua morte como país, respeitando a sua história e as ambições dos seus naturais em valorizar o sentimento da honra e do projecto de um estado social existente.

Valorizar o conceito da verticalidade moral e exigir a quem dá a sua palavra e depois a ela faltar, a penalização moral e/ou judicial de quem exerceu uma posição que lese os interesses de Portugal e dos seus cidadãos.

Abandonar a desconfiança de nós mesmos e o improviso em resolver os problemas de forma pontual (esquecendo que essas atitudes isoladas porá em causa o estado social entretanto construído como um todo).
 
Abandonar "o encosto" e esperar que tudo seja resolvido por outros, sabendo que, se esse trabalho for emitido por políticos poderemos estar a colocar em causa tudo o que se conquistou ao longo de décadas para o estado social equatitário e justo nas oportunidades para todos.

Evitar o derrotismo quando tudo parece inevitável, porque quem profere a inevitabilidade e na sua atitude lesar as pessoas, merece uma atitude colectiva dessas pessoas lesadas pela base da coragem e afrontar tais efémeros sujeitos políticos que só estão de passagem e que unicamente utilizam o dever que deveria ser público somente para seu interesse ou de outros.
Esta filosofia derrotista não é de boa portugalidade. A Pátria tem o direito de todas as nossas atenções. Importa-nos isso sim, saber quem a governa. O nosso civismo tudo fará para que alguém a governe e sirva, em vez de se governar e de se servir. Não nos assiste o direito moral de passarmos à margem deste problema.

Nunca cair no sentimento da desgraça. Nunca foi desgraça nascer num país que precisa do nosso trabalho, da nossa cultura, do nosso entusiasmo, da nossa crítica construtiva e da nossa dedicação. Desgraça, é ouvir da boca dos portugueses palavras de desânimo, onde eles as deveriam substituir por afirmações de trabalho pessoal. Desgraça, é os Portugueses só falarem na revindicação de direitos quando tantos deveres têm de cumprir, e neste caso, somente se ouve palavras quando a atitude deveria de ser colectiva e presencial no momento de exercer o direito de cidadania.

A solidariedade dos Portugueses tem de assentar no todos por um e cada qual por todos. Os Portugueses devem ter como directriz do seu comportamento a abnegação, a iniciativa, o bom senso, a compreensão e a realização de tarefas de interesse colectivo. Enquanto aí não chegarmos, Portugal será apenas um lugar no mapa. O essencial é que seja uma nação, na qual todos, em frente ùnica, sobreponham os interesses da comunidade aos egoísmos individuais.
De nós depende o futuro, se hoje tudo fizermos para que a solidariedade passe de palavra oca a realidade concreta.
Não será com portugueses indecisos, saudosistas, sebastianistas, sentimentais babosos, tagarelas da quinta casa, invertebrados de carácter, gente-não-te-rales, que não faremos a tão apetecida portugalidade.
Todo o Português se convencerá de que a pátria não é nenhuma entidade metafísica, mas antes o que forem os próprios portugueses. O prestígio da Pátria não é obra de estranhos, mas dos próprios que a constituem e cumprindo exemplarmente os seus deveres de cidadãos nacionais.

O sentimento de portugalidade quer-se conciliável com a justiça, a nobreza de alma, a inteligência apurada, a ampla cultura, o trabalho pertinaz. Portugalidade sem esses requisitos é uma atitude que nos deve envergonhar a nós. Não reneguemos Portugal, lá porque existem Portugueses a quem faltem os valores atrás referidos.
Quanto mais crítica for a situação de Portugal, mais importa que sejamos Portugueses, não confiando a outros aquilo que só a nós pertence. A autêntica portugalidade não manda renegar, renunciar, desertar, desistir, mas antes e sempre, afirmar, trabalhar, estar presente, decidir, cumprir, sem passarmos essa missão ao mais pintado.

A defesa da Pátria somente é reservado aos seus cidadãos. Se aceitarmos a Pátria como a queremos, por inerência nos cabe defendê-la do inimigo seja ele externo ou interno. A independência da Pátria é um imperativo categórico e não admite reservas, esteja quem estiver no governo (da nossa cor política ou da oposição). Deveremos estar sempre ao lado de um governo, desde que este tome a peito a defesa da Pátria contra os inimigos, venham estes donde vierem (de fora ou de dentro).

- Conclusão.

Após a caracterização do pensamento e comportamento que os Portugueses deveriam adoptar para salvaguardar a sua identidade e soberania, e para melhor compreensão do que realmente acontece, basta reflectirmos sobre alguns destes exemplos que adiante irei transcrever fomentados pelos políticos do momento ou outros do passado. Se todos assumirmos o sentido da Pátria e a nossa identidade nada disto se teria passado.

Temos um Presidente da República que de uma maneira ou de outra está relacionado com vários escândalos financeiros, imobiliários que resultaram em enriquecimento em que tudo indicia - ilícito.

Temos um Ministro Miguel Relvas que foi beneficiado nas atribuições académicas quando o seu percurso de estudante não corresponde aos títulos que possue.

Temos um Primeiro Ministro Passos Coelho que enquanto administrador de uma empresa privada teve variados processos por má gestão dessa mesma empresa por imcumprimento do que está legislado e actualmente vende bens que são dos Portugueses e do erário público aos privados.

Na generalidade, temos um governo que criou excepções na retribuições a funcionários (sejam eles quais forem e a que Ministérios, Secretarias de Estado ou empresas do sector empresarial do Estado pertencerem) quando outros Portugueses a laborar no sector público ou privado se vêm confrontados com a redução dos seus salários, retirada de direitos, congelamento nas progressões de carreiras e nos aumentos salariais.

Temos um Tribunal Constitucional em que delibera a inconstitucionalidade no corte indiscriminado dos subsídios de Natal e de Férias em 2012, mas que serviu unicamente como "um pequeno reparo ao governo" para o ano seguinte não cometer a mesma infracção, sem contudo exigir a reposição nesse mesmo ano do roubo que foi feito a alguns milhares de Portugueses.

Temos os mais variados exemplos de corrupção e conluio entre empresas e entidades públicas em que lesaram e lesam o Estado Português em muitos e muitos milhões de euros e que posteriormente não são penalizados efectivamente, e inclusivé alguns dos intervenientes, ocupam lugares em empresas públicas ou fogem do país.

Temos um governo que recapitaliza a Banca em detrimento do seu povo. Injecta milhões no sistema bancário enquanto o povo se vê roubado em impostos e a entrar na miséria.

Estes "pequenos exemplos" só acontecem quando existe impunidade, a evocação da imunidade e quando os Portugueses não exigem e não fazem prevalecer o exercício do direito de cidadania.
Aos Portugueses somente os dirijo à leitura do artigo 21º e 22º da Constituição Portuguesa e consciencializá-los que, se exigirmos seja de que forma for o cumprimento dessas e outras directivas, poderemos ter o respeito que nos é devido por essa classe política que insiste neste modelo de gestão que lesa o país e a valorização dos seus próprios interesses enquanto pessoas individuais. Só o conseguem, porque verificam a inércia e desconhecimento dos Portugueses em relação aos seus direitos enquanto cidadãos e de salvaguarda da sua Pátria.

Tudo é possivel, basta querer. Mas de forma colectiva.