Informar é cultura

Apresentação e explicitação da vida Portuguesa como sinónimo da nossa nacionalidade passando pelos mais variados temas, sem contudo esquecer, o debate de temas proibidos que pecam e se perdem na ignorância dos povos e a sua abordagem por parte dos sectores políticos vigentes. "Ubi veritas?"



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cidade

Manhã

     Corpos surgem ausentes
     da neblina do rio
     que outrora sentia
     a vida que nunca vivi.

     Percorrer as margens agonizantes
     da rotina transformada em costume
     quando algures na rota
     desacredito o caminho que tomei.

     Andar decidido
     como se soubesse do meu destino
     sem antes questionar
     a verdade dos gestos
     que pareciam verdadeiros.

Tarde

     Subir a colina
     de calçada petrificada
     igual a tantas outras.

     Calcar as memórias
     da cidade que não conheço
     saudosista da tertúlia
     no páteo em que nasci.

Noite

     Na partida absorvo os cheiros
     da multidão debruçada
     no início da viagem.

     Cúmplice dos actos
     adquiro a vontade de partilhar
     momentos que nunca imaginei.

     Deambulo frenético
     sujo e àvido de renascer
     para que no novo dia
     possa viver.

Nacionalismo (Etnocentrismo), Mundialismo, Universalismo e Globalização - Parte 1.


Após uma breve abordagem pessoal/ideologica neste blogue em http://espoliado.blogspot.com/2010/01/definicoes.html , fazia todo o sentido a explicitação deste tema de uma forma que embora sucinta, será imprescindível para a compreensão das formas de construções sociais que evidenciam os interesses associados a cada uma. Pela dimensão do texto, este será dividido em duas partes sendo esta a primeira.
Sempre que fala em Nacionalismo, a organização social vigente sempre a associou a uma concepção única e de caracter segregador. A intenção é óbvia.
A implementação de um estado federalista, ou vários, com sentido global de mercados ou áreas de interesse particular a cada "confederação", só será possível se for aceite pela maioria das pessoas que primam pela ignorância e apoiam a concepção actual pela falsa imagem construida pelos poderes políticos que são subservientes deste sistema.
A Globalização, Mundialização e a Universalização são termos que têm sido usados para designar o processo que deu origem a uma nova era de relações de abertura e de intercâmbio entre os povos de todo o planeta desde a modernidade. O conceito de Globalização é o mais recente e advém mais do universo da economia e das transacções financeiras e comerciais. No entanto, é esse conceito que tem vindo a impor-se para designar todo o processo de intercâmbio à escala planetária facilitado pelo progresso veloz dos meios de comunicação e de transporte. O termo Mundialização encerra, no entanto, um conceito de tradição mais abrangente ligado primeiramente às relações de natureza política. Enquanto o termo Universalização, mais antigo,afirmado na nossa tradição cultural, mormente desde o Iluminismo, prende-se sobretudo com as relações culturais entre os povos num espaço de abertura planetária.

Raras vezes, nos milénios que a historia humana conta, o problema do uno e do múltiplo, ao nível das nações e dos Estados, terá sido mais agudo; raras vezes a sua harmonização terá sido mais complexa e mais difícil; raras vezes, o jogo da simples coexistência terá sido mais precário. Duas forças antagónicas, centrípeta e centrífuga, solicitaram os povos na década de 70: o Mundialismo e o Etnocentrismo. Entre as duas se foi conservando um certo equilíbrio trazido pelo o seu próprio antagonismo e por outros factores até a premência da Globalização mais interessadamente implementada durante a década de 80 até aos dias de hoje.
Não reconhecendo como organização social justa a Globalização, vou caracterizar, apesar de não ser meritória a organização social mundialista, a dualidade do Mundialismo ( a forma anterior à Globalização) e do Etnocentrismo (Nacionalismo na forma mais típica e pensada no século XVIII). Leia-se atentamente as seguintes definições e veja-se porque é que o Etnocentrismo (Nacionalismo) tornou-se numa utopia a omitir do progresso cultural do homem face à progressão do Mundialismo para a Globalização dado que ambas ( o Mundialismo e a Globalização) primam pela necessidade da afirmação de homens sobre o homem, subjugando-os.

O mundialismo, numa das suas expressões mais puras e mais extremas, Mundialismo poderia defenir-se: "Um só Mundo, um só Estado, uma só Lei".
Noutra das suas expressões, nem menos puras e nem menos extremas, Mundialismo poderia-se definir-se ainda: "Um só Mundo,uma só Economia, uma só Lei, na supressão total de todo e qualquer Estado".

O Etnocentrismo, por força do vocábulo, é a centração na própria etnia. A sua escala è extremamente vasta e vária. Desde o simples tribalismo ao pluralismo estatal dos grandes mitos do pan-arabismo e do pan-africanismo, por exemplo, são múltiplos os degraus e as matizes que se situam nos espaços intervalares.
A sua forma mais típica é o nacionalismo, quer teórico quer prático. Originado, nos tempos modernos, em fins do século XVIII, conjuntamente como reacção contrária ao movimento cosmopolita das Luzes e como seu prolongamento na linha afirmativa do particular, frente ao universal da espécie e sua encarnação objectiva, o nacionalismo tem constituído (desde então) um dos mais fortes e constantes movimentos no curso do mundo. O seu princípio de base é o direito que assiste a cada nação de determinar o seu próprio destino.

Aplicado até à II guerra mundial quase exclusivamente aos povos europeus (Alemães, Italianos, Checos, Polacos, Sérvios, etc...), esse princípio tornou-se extensivo a partir de 1945 aos povos de outros continentes e que funcionou como fortíssimo elemento revolucionário no explosivo processo da descolonização.
Na década de 60, o etnocentrismo surgiu como produto de dois factores principais: da vontade de preservar a própria identidade e da vontade de criar a própria identidade.

Na sua forma moderna, o etnocentrismo nacionalista gerou-se no velho continente. A Europa voltou a afirmar-se durante os anos 70, quer ao nível dos grandes estados (como por exemplo a França), quer ao nível dos Estados mais reduzidos (como por exemplo e bem significativo as "Repúblicas Populares" da Europa Oriental), quer ao nível das simples minorias étnicas (Bascos, Irlandeses do Norte, Bretões, Tiroleses, etc...).

O caso Europeu não é único. Também noutros continentes, principalmente na Ásia, o etnocentrismo adquiriu foros de força maior ante a necessidade de preservar a própria identidade. Exemplo típico é a China. Dominada durante mais de um século pelas potencias ocidentais ou pelo Japão e em vias de ser remodelada por uma ideologia originária do Ocidente - o Marxismo-, esta antiquíssima civilização tem um reflexo de defesa. Mesmo no momento da "Grande Revolução Cultural Proletária", que tendia a suprimir a tradição Confuciana, durante tantos séculos continuada, foi ainda a uma tradição chinesa (embora heterodoxa) que principalmente se recorreu: o Taoísmo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Carreira 74 da CCFL (Carris).

Percurso da carreira 74 (percurso nocturno).

Esta carreira é efectuada por autocarros mini da marca Mercedes - Benz Sprinter 616 CDI.
Tem vivências bairristas dado que no seu percurso passa por bairros como a Madragoa, Campo de Ourique e a  Bica, em que ainda se observa o quotidiano próprio dos bairros Lisboetas nas suas características originais.
Abaixo descrito, encontra-se os pontos de passagem desta carreira com as respectivas fotografias dos locais, assim como de ruas ou monumentos mais emblemáticos. A intenção é a redescoberta do percurso mas com fotografias mais antigas.

                                                 Autocarro utilizado


PERCURSO DA CARREIRA
Foto 1 ---- Corpo Santo
Foto 2 ---- Rua de São Paulo
Foto 2.1 - Rua de São Paulo
Foto 2.2 - Chafariz em frente á Igreja de São Paulo
Foto 2.3 - Igreja de São Paulo
Foto 3 ---- R. S. Paulo (entrada do Elevador da Bica)
Foto 3.1 - Elevador da Bica
Foto 3.2 - Elevador da Bica
Foto 4 ---- Conde Barão  
Foto 5 ---- Lg. Vitorino Damásio 
Foto 6 ---- Santos-o-Velho (jardim)
Foto 6.1 - Igreja de Santos-o-Velho
Foto 7 ---- Rua S. João Mata
Foto 8 ---- R. Garcia Orta

Foto 9 ---- R. S. Domingos à Lapa
Foto 9.1 -- R. S. Domingos à Lapa
Foto 10 --- R. Santana à Lapa
Foto 11 --- R. Buenos Aires
Foto 12 --- Estrela (Basílica)
Foto 13 --- R. Domingos Sequeira
Foto 14 --- R. Saraiva Carvalho
Foto 15 --- Igreja Sto. Condestável
Foto 15.1 - Escola Manuel Maia
Foto 15.2 - Cemitério dos Prazeres
Foto 16 --- R. Francisco Metrass
Foto 17 --- R. 4 Infantaria
Foto 18 --- R. Campo Ourique
Foto 19 --- Amoreiras (C. Comercial)
Foto 20 --- R. Amoreiras
Foto 21 --- Jardim Amoreiras
Foto 22 --- Rato
Foto 23 --- R. Alexandre Herculano
Foto 23.1 - R. Alexandre Herculano
Foto 23.2 - R. Alexandre Herculano
Foto 24 --- R. Sta. Marta
Foto 25 --- R. Conde Redondo
Foto 26 --- R. Joaquim Bonifácio
Foto 27 --- Gomes Freire
                                               
                                                            Foto 1
Largo do Corpo Santo - Início do séc. XX

Foto 2
                          Rua de São Paulo (Arco da Rua do Alecrim). Início do sé. XX

                                                             Foto 2.1
Rua de São Paulo - entre 1898 e 1908


                                                           Foto 2.2
                                Chafariz em frente á Igreja de São Paulo - Março de 1908



                                                            Foto 2.3
Igreja de São Paulo - 1957

Foto 3
Entrada do Elevador da Bica - Meados do séc.XX

Foto 3.1
Elevador da Bica - Fim do séc XIX

Foto 3.2
Elevador da Bica - 1959

Foto 4
Largo do Conde Barão

Foto 5
Largo Vitorino Damásio

Foto 6
Jardim Nuno Álvares (Santos-o-Velho)

Foto 6.1
Igreja de Santos-o-Velho - 1949

Foto 7
Rua São João da Mata - entre 1898 e 1908

Foto 8
Rua Garcia da Orta - 1969

Foto 9
Rua de São Domingos á Lapa (Palácio dos Viscondes de Porto Covo da Bandeira)-1940

Foto 9.1
Rua de São Domingos à Lapa - 1970

Foto 10
Rua de Santana à Lapa (Fábrica Couraça) - meados do séc XX

Foto 11
Rua de Buenos Aires - 1970

Foto 12
Basílica da Estrela - entre 1940 e 1959

Foto 13
Rua Domindos de Sequeira - 1990

Foto 14
Igreja do Santo Condestável - 1954

Foto 15
Rua Saraiva de Carvalho - 1954

Foto 15.1
Escola Manuel da Maia

Foto 15.2
Cemitério dos Prazeres - 1939

Foto16
Rua Francisco Metrass - 1940

Foto 17
Rua 4 de Infantaria - 1948

Foto 18
Rua de Campo de Ourique - entre 1898 e 1908

Foto 19
Zona das Amoreira - panorâmica da Quinta Biaggi

Foto 20
Rua das Amoreiras - início do séc XX

Foto 21
Jardim da Amoreiras - Ermida da N. Snra. de Monserrate - 1938

Foto 22
Largo do Rato - entre 1890 e 1945

                                                                           Foto 23
Rua Alexandre Herculano (Garagem Auto-Palace) - 1912

Foto 23.1
Rua Alexandre Herculano - 1940

Foto 23.2
Rua Alexandre Herculano - 1943


Foto 24
Rua de Santa Marta (Palácio do Conde de Redondo).


Foto 24
Rua Conde de Redondo - meados do séc XX


Foto 25
Rua Joaquim Bonifácio - década de 50


Foto 26
Rua de Gomes Freire (terminal da carreira 74) - 1961

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Bloco de Esquerda (sempre no seu melhor). Existe sempre quem acredite nas lágrimas de crocodilo. É pena!




Mais uma anedota e o ridiculo do que fazem os politicos que se apregoam "honestos"!!!


Que "Estado / Povo / País", é este, que permite estas ANORMALIDADES ??????????????

Aquí está mais um exemplo da ética republicana e de como os "esquerdelhos" são iguais em género e número aos da direita "fascista". Concordo: "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço".

-Mãe de Louça, 79 anos, Assessora da Assembleia da República-

Francisco Louçã está sempre a falar em boys !!! Mas teve a coragem de arranjar para a mãe com 79 anos um tacho. E que tacho!!! Mas tem toda a razão... Porque fala em boys e não em girls (risos).
Já desde algum tempo para cá, sempre me pareceu que aproveitaram a Assembleia da República como lar de terceira idade. Uns mais novos, outros mais velhos, mas o certo é que o tacho/reforma continua a ser pago por nós. É o Santana Lopes que se reformou aos 49 anos e agora esta "boy/girl" aos 79 anos. É um fartar de vilanagem. Eu também já trabalho perto de 6 mandatos e não fui reformado quando perfiz os dois que permite a reforma, só me resta assim (se lembrarem de mim) entrar para o exclusivo lar de terceira idade alí em São Bento, quando fizer os taís 65 anos ( o exigido á ralé).


Despacho (extracto) n.º 5296/2010

Assembleia da República - Secretário-Geral

Nomeação da licenciada Noémia da Rocha Neves Anacleto Louçã para a categoria de assessora do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda


...e) - FRANCISCO ANACLETO LOUÇÃ, de 49 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº xxxxxxxx, emitido pelo Arquivo de Identificação de Lisboa em 6 de Abril de 1998, filho de António Seixas Louçã e de Noémia da Rocha Neves Anacleto Louçã, solteiro, professor universitário, natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa e residente na Avenida xxxxxxxxxxxxxxxxx, Lisboa.