Informar é cultura

Apresentação e explicitação da vida Portuguesa como sinónimo da nossa nacionalidade passando pelos mais variados temas, sem contudo esquecer, o debate de temas proibidos que pecam e se perdem na ignorância dos povos e a sua abordagem por parte dos sectores políticos vigentes. "Ubi veritas?"



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Face Oculta - Portugal corrupto. Portugal democrático morreu.

As escutas da "Face Oculta" foram destruidas.
A democracia em Portugal morreu.
A justiça instrumentalizada persiste.
Resta aos portugueses em consciência, não reconhecer a figura de 1º ministro (José Sócrates), a figura de Presidente da Républica (Cavaco Silva), a figura do Supremo Tribunal de Justiça (Noronha de Nascimento) e a figura do Procurador Geral da Républica (Pinto Monteiro).
Como português exijo novas eleições antecipadas, dado que o meu direito inerente á minha nacionalidade e zelador da Constituição da Républica foram gravemente ofendidos face ao conluio e corrupção que reina neste país e que me impede ser livre e acreditar em quem por posição, ocupa na sociedade portuguesa o dever, o suor e honestidade nos cargos que deveriam servir Portugal e os portugueses.
Parabéns a estes intervenientes que conseguiram transformar uma questão judicial em questão política, sonegando assim a verdade aos portugueses que carecem de esclarecimentos e primam pela indiferênça ás relevâncias públicas e persistência em fazer com que a opinião pública seja tão exígua e com tão pouca expressão. Com um país assim poderia ser também político e usá-lo a meu belo prazer.
Responsabilizo os visados por me fazerem desacreditar nas instituições que regem este país.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Jeroen van Aeken ( Hieronymus Bosch 1450-1516)


O seu nome verdadeiro era Jheronimus (ou Jeroen) Van Aeken. Ele assinou algumas das suas peças como Bosch (AFI /bɔs/), derivado da sua terra natal, 's-Hertogenbosch. Em Espanha é também conhecido como El Bosco.


Sabe-se muito pouco sobre a sua vida. A não existência de documentos comprovativos de o pintor ter trabalhado fora de Hertogenbosh levam a que se pense que Bosch tenha vivido sempre na sua cidade natal. Aí se terá iniciado nas lides da pintura na oficina do pai (ou de um avô), que também era pintor.


Foi especulado, ainda que sem provas concretas, que o pintor terá pertencido a uma (das muitas) seitas que na época se dedicavam às ciências ocultas. Aí teria adquirido inúmeros conhecimentos sobre os sonhos e a alquimia, tendo-se dedicado profundamente a esta última. Por essa razão, Bosch teria sido perseguido pela Inquisição. Sua obra também sofreu a influência dos rumores do Apocalipse, que surgiram perto do ano de 1500.


Existem registos de que em 1504 Filipe o Belo da Borgonha encomendou a Bosch um altar que deveria representar o Juízo final, o Céu e o Inferno. A obra, actualmente perdida (sem unanimidade julga-se que um fragmento da obra corresponde a um painel em Munique), valeu ao pintor o reconhecimento e várias encomendas posteriores. Os primeiros críticos de Bosch conhecidos foram os espanhóis Filipe de Guevara e Pedro de Singuenza. Por outro lado, a grande abundância de pinturas de Bosch na Espanha é explicada pelo fato de Filipe II de Espanha ter coleccionado avidamente as obras do pintor.


Bosch é considerado o primeiro artista fantástico.


Actualmente apenas se conservam cerca de 40 originais seus, dispersos na sua maioria por museus da Europa e Estados Unidos. Dentre estes, a colecção do Museu do Prado de Madrid é considerada a melhor para estudar a sua obra, visto abrigar a maioria daquelas que são consideradas pelos críticos como as melhores obras do pintor.


As obras de Bosch demonstram que foi um observador minucioso bem como um refinado desenhador e colorista. O pintor utilizou estes dotes para criar uma série de composições fantásticas e diabólicas onde são apresentados, com um tom satírico e moralizante, os vícios, os pecados e os temores de ordem religiosa que afligiam o homem medieval. Vê os exemplos desta obra e expande clicando na imagem.


            O Carro de Feno - (Museu do Prado, Madrid)


           O Jardim das Delícias - (Museu do Prado, Madrid)


           O Juízo Final - (Akademie der Bildenden Künste, Viena)


           Os Sete Pecados Mortais - (Museu do Prado, Madrid)


Navio dos Loucos ou A Nau dos Insensatos - (Museu do Louvre, Paris)


Morte e o Avarento - (Galeria Nacional de Arte em Washington-DC).




A par destas obras, que imediatamente se associam ao pintor, há que referir que mais de metade das obras de Bosch abordam temas mais tradicionais como vidas de santos e cenas do nascimento, paixão e morte de Cristo.
O original tríptico As Tentações de Santo Antão está incorporado no Museu Nacional de Arte Antiga a partir do antigo Palácio Real das Necessidades. Desconhecem-se as circunstâncias da chegada da obra a Portugal, não sendo certo que tenha feito parte da colecção do humanista Damião de Góis, como algumas vezes é referido.


Nota do Blogger - Na minha opinião é o primeiro pintor que se enquadra na tendência surrealista que apareceu séculos mais tarde e se atribui ( embora muito exemplificativos no género) os percursores como Salvador Dali, Picasso, Cesariny, entre outros. Temos o privilégio de possuir um tríptico no Museu de Arte Antiga em Lisboa. São escassas as obras difundidas e presentes no mundo, daí o obrigatoriedade na sua visita. Se for possível, vejam a obra na parte de trás, nas laterais que fecham sob a parte central, e irão observar ténues traços de imagens que estão por debaixo dos traços definitivos. Através de uma promenorizada e cuidada pesquisa visual desta obra, vão verificar a base da sua construção pelo o que atrás referi e pela abrangência criativa do pintor.
Esta obra pertence ao princípio do século XVI (1500-1506) e só por isso e atendendo ás escolas e géneros da pintura de então, se pode dizer que este artista foi um génio da pintura fora do tempo.
É um dos meus pintores preferidos e que são de eleição.


A.Peres
                                            
As Tentações de Santo Antão - (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa)


Breve biografia do pintor

Entre 1480 e 1515, o período de maior actividade de Hieronymus Bosch, o carácter e a aparência da pintura dos Países Baixos foram profundamente alteradas por vários factores. A mais significativa foi a introdução de muitos dos ideais artísticos do Renascimento Italiano e de importantes centros de pintura do norte da Europa como Bruges, Gand e Antuérpia. Respondendo a essas novas correntes de influência italiana, pintores como Gerard David e Quentin Massys, tinham começado a investir nos seus painéis com as formas estáveis e clareza espacial da pintura renascentista. Bosch, por outro lado, parecia totalmente indiferente a essas tendências progressistas, mantendo o seu trabalho a um linearismo nervoso e exuberância decorativa do gótico tardio. É basicamente o intenso subjectivismo da sua arte, sem restrições pela ortodoxia e da tradição, que faz com Bosch seja um representante da nova era.
Bosch, cujo nome verdadeiro era Jeroen Van Aeken, nasceu na cidade do Brabante do Norte de 's-Hertogenbosch (Bois-le-Duc).Tanto o seu avô e o seu pai tinham sido pintores nesta província centro, e é geralmente aceite que no início da pintura de Bosch tenha sido inicialmente obtida nesse local geográfico.De 1486 até sua morte, Bosch foi mencionado regularmente nos registos do capítulo local da Irmandade de Nossa Senhora, da qual ele era um membro activo. De acordo com esses relatos, ele foi contratado para pintar vários retábulos para a Catedral de 's-Hertogenbosch e executar projectos para os seus vitrais, que entretanto desapareceram. Em 1504 Filipe, o Belo, arquiduque da Áustria, encarregou-o de pintar o Juízo Final. O conhecimento adicional da carreira do pintor é inalcançável, salvo na forma da disposição alguns insights que podem ser recolhidas a partir das ímpar e autenticadas quarenta pinturas assinadas pela mão do próprio mestre. Existem vários destes painéis com assinaturas, mas nenhum deles é datado, criando assim um grande problema na sua cronologia relativa.
Estilo inicial
Ao contrário da maioria dos pintores do período nos Países Baixos, Bosch não parece ter viajado muito. A influência formativa sobre seu estilo ainda são controversos, embora essas obras, já a partir da mesa do Sete Pecados Capitais mostram uma dependência acentuada em iluminuras de manuscritos, em vez de práticas contemporâneas da pintura do painel do Norte. Os contemporâneos revelam Cura da Loucura (ca. 1475-1485) com um pendor para a sátira social semelhantes aos que ocorrem em várias das obras da Antuérpia, sobretudo do pintor Quentin Massys.
casamento em Caná representa uma mudança decisiva no estilo Bosch. O desenho é uma vez mais firme e ousado, e ocorre pela primeira vez a técnica da pintura directamente sobre o painel numa maneira uniforme, iluminado e de forma plana. Bosch usou esse estilo espontâneo e dinâmico da pintura ao longo de sua carreira, o que distingue o seu trabalho a partir dos seus trabalhos contemporâneos mais importantes.
A aparência do artista é conhecida a partir de um presumível retrato nas Sketchbook Arras , que mostra Bosch na meia idade, ágil e alerta com uma visão cínica do mundo. O período inicial da sua arte é fechado pelo painel intitulado O mágico, em que um visionário na qualidade de estranho começa a suplantar o imediatismo e a observação directa dos trabalhos anteriores.

Confirmação do estilo
Os quadros principais deste período (ca. 1490-1505) são o trio de grandes trípticos moralizadores sobre a qual a reputação do artista é principalmente fundamentada. Dos três, o mais antigo é provavelmente o Haywain, que pode ser interpretado como uma alegoria dos males do mundo. Neste caso do simbolismo de Bosch, foi demonstrado como derivado de provérbios flamengos e de outras formas de didácticos e literatura popular. O fantástico Tentações de Santo Antão , em Lisboa (ca. 1500) é considerado pela maioria das autoridades da obra Bosch como um grande exemplo. É um trabalho totalmente resolvido em que o pintor consegue a riqueza pictórica em combinação com a complexidade iconográfica e com extrema intensidade expressiva. Os mais pessimistas do visual dos sermões de Bosch, sugerem que a pintura mostra um mundo dominado pelo mal e a omnipresença do diabo e dos seus agentes diabólicos. Um imaginário e a paisagem cósmica fornece o cenário para um dos mais ardentes e sensacionalista quadro que exibe o artista na mais original do engenho demoníaco.
O mais enigmático das pinturas de Bosch é o tríptico do Jardim das Delícias. Este trabalho, em virtude da sua fantástica e recôndita simbologia, encontra-se no auge da carreira do pintor. Em 1605,o monge Sigüenza (de origem Espanhola), concluiu que a pintura era uma alegoria sobre a origem, difusão e castigo do pecado revelado em termos de psicologia, bem como um drama físico. Desde aquele tempo tem havido uma melhoria pouco substancial em suportar esta tese, apesar dos numerosos esforços de estudiosos para descobrir a chave para o significado da obra. Neste contexto, no estudo da sua simbologia, a tese mais apropriada parece ser uma observação do historiador da arte Erwin Panofsky que refere que "o verdadeiro segredo de seus pesadelos e sonhos magníficos ainda tem de ser divulgado."

Época tardia
O estilo tardio de Bosch é caracterizado por uma ascendência ao espiritualismo pictórico. Epifania (tríptico) inicia esta fase com uma nova confiança em formas amplas e um esquema de cor simplificada. Uma redução similar de forma e cor aos elementos básicos do projecto é também observável na versão pequena do pintor na obra Tentações de Santo AntãoSolitário e contemplativo, a figura simples do santo eremita foi proferida fisicamente e espiritualmente imune a um mundo hostil e aos seus ocupantes demoníacos. Uma das últimas obras de Bosch (Cristo carregando a cruz) é altamente compacta e emotivaComposta inteiramente de cabeças situadas contra um fundo escuro, este painel oferece um clímax apropriado para a carreira do artista. O arcano simbolismo das obras anteriores deu aqui lugar a um drama emocional e psicológico intenso em que o espectador é inexoravelmente levado a verificar a realização de declaração final de Bosch em relação à qualidade e grandeza do recurso universal humano.
Quando Bosch morreu em 1516, ele não deixou seguidores. Pintores como Jan Mandyn e Huys Pieter foram imitadores na melhor das hipóteses, que foram capazes de copiar formas externas de Bosch e sem nenhuma compreensão do seu significado profundo subjacente. Veja-se as suas obras e verifica-se a tentativa de aproximação ao génio de Bosch, sem contudo perceber-se a simbologia generalizada de Bosch aplicada nessas mesmas obras.


     Jan Maydan - Saint Christopher and the Christ Child (1550).

              Huys Pieter - Temptation of Saint Anthony (1547).


Vejam este sítio, no qual podem descarregar em "PDF", o livro que faz um estudo da obra e o envolvimento do pintor na época.
http://www.bosch-masp.com.br/bosch/bosch.pdf

Neste canal de divulgação da arte da pintura podem verificar outros pintores e tendências (clica aqui). Fica no entanto o video relacionado com Bosch.