"Já tinha filmada duas vezes em Lisboa e achava-a uma cidade fascinante. Mas sentia-me culpado por nunca ter feito mais do que arranhar a superfície de um lugar que amava... Quando o produtor Paulo Branco me pediu para fazer um filme sobre a cidade, encomendado pela própria Lisboa, vi que tinha a oportunidade de compensar as oportunidade perdidas. Agora, penso que este é o mais divertido dos filmes que fiz. De alguma forma "Lisbon Story" é também a minha contribuição para as comemorações do centenário do cinema."
Citação de Wim Wenders
Lisbon Story
Debaixo de um monte de cartas está um lacónico, porém imperativo, telegrama: o engenheiro de som Philip Winter tem que viajar até Lisboa para ajudar o seu amigo Friedrich Monroe, que está a rodar um filme naquela cidade. Com um pé engessado, Winter atravessa a Europa de norte a sul até chegar à capital portuguesa, só que já é um pouco tarde demais: Friedrich desapareceu. Na grande casa onde vivia, o realizador não deixou mais do que uma película inacabada, imagens sem som recolhidas nas ruas de Lisboa com uma velha câmera de filmar, como a de Buster Keaton em The Cameraman. Pacientemente, Winter decide pôr o som nas imagens: encantado com a cidade, deambula pelas ruas de microfone na mão, atrás das filmagens do amigo.
Entretanto conhece os Madredeus e a sua bela cantora, Teresa, a que Winter não fica indiferente. O grupo tinha alojado o cineasta e, antes deste partir, tinha mesmo chegado a compor a música para o seu filme. Winter trava ainda conhecimento com o realizador Manoel de Oliveira com quem fala de Deus, da arte e do cinema. Só que de Friedrich, nem rasto. Talvez se
tenha aventurado por bairros mal afamados. Pelo menos é isso que Winter acaba por pensar quando um ladrão foge com o seu dinheiro.
Revi o filme há pouco e voltei a ficar encantada. Vim aqui procurar coisas. Belas fotos. Gostei!
ResponderEliminarAbraço de Boas festas
o falcão
Agradeço as tuas palavras. O Wim Wenders é um dos meus cineastas de eleição. Vê a sinopse que elaborei do filme "As asas do desejo" na etiqueta Wim wenders, que vi e já várias vezes revi, e naturalmente me acompanha no meu existencialismo sistemático e diário. A resposta que dei a um bloger, certifica.se no meu íntimo e a coexistência das dualidades do quotidiano da maneira que nos é apresentado e o vivemos.
ResponderEliminarRetribuo as Boas Festas.