Após uma breve abordagem pessoal/ideologica neste blogue em http://espoliado.blogspot.com/2010/01/definicoes.html , fazia todo o sentido a explicitação deste tema de uma forma que embora sucinta, será imprescindível para a compreensão das formas de construções sociais que evidenciam os interesses associados a cada uma. Pela dimensão do texto, este será dividido em duas partes sendo esta a primeira.
Sempre que fala em Nacionalismo, a organização social vigente sempre a associou a uma concepção única e de caracter segregador. A intenção é óbvia.
A implementação de um estado federalista, ou vários, com sentido global de mercados ou áreas de interesse particular a cada "confederação", só será possível se for aceite pela maioria das pessoas que primam pela ignorância e apoiam a concepção actual pela falsa imagem construida pelos poderes políticos que são subservientes deste sistema.
A Globalização, Mundialização e a Universalização são termos que têm sido usados para designar o processo que deu origem a uma nova era de relações de abertura e de intercâmbio entre os povos de todo o planeta desde a modernidade. O conceito de Globalização é o mais recente e advém mais do universo da economia e das transacções financeiras e comerciais. No entanto, é esse conceito que tem vindo a impor-se para designar todo o processo de intercâmbio à escala planetária facilitado pelo progresso veloz dos meios de comunicação e de transporte. O termo Mundialização encerra, no entanto, um conceito de tradição mais abrangente ligado primeiramente às relações de natureza política. Enquanto o termo Universalização, mais antigo,afirmado na nossa tradição cultural, mormente desde o Iluminismo, prende-se sobretudo com as relações culturais entre os povos num espaço de abertura planetária.
Raras vezes, nos milénios que a historia humana conta, o problema do uno e do múltiplo, ao nível das nações e dos Estados, terá sido mais agudo; raras vezes a sua harmonização terá sido mais complexa e mais difícil; raras vezes, o jogo da simples coexistência terá sido mais precário. Duas forças antagónicas, centrípeta e centrífuga, solicitaram os povos na década de 70: o Mundialismo e o Etnocentrismo. Entre as duas se foi conservando um certo equilíbrio trazido pelo o seu próprio antagonismo e por outros factores até a premência da Globalização mais interessadamente implementada durante a década de 80 até aos dias de hoje.
Não reconhecendo como organização social justa a Globalização, vou caracterizar, apesar de não ser meritória a organização social mundialista, a dualidade do Mundialismo ( a forma anterior à Globalização) e do Etnocentrismo (Nacionalismo na forma mais típica e pensada no século XVIII). Leia-se atentamente as seguintes definições e veja-se porque é que o Etnocentrismo (Nacionalismo) tornou-se numa utopia a omitir do progresso cultural do homem face à progressão do Mundialismo para a Globalização dado que ambas ( o Mundialismo e a Globalização) primam pela necessidade da afirmação de homens sobre o homem, subjugando-os.
O mundialismo, numa das suas expressões mais puras e mais extremas, Mundialismo poderia defenir-se: "Um só Mundo, um só Estado, uma só Lei".
Noutra das suas expressões, nem menos puras e nem menos extremas, Mundialismo poderia-se definir-se ainda: "Um só Mundo,uma só Economia, uma só Lei, na supressão total de todo e qualquer Estado".
O Etnocentrismo, por força do vocábulo, é a centração na própria etnia. A sua escala è extremamente vasta e vária. Desde o simples tribalismo ao pluralismo estatal dos grandes mitos do pan-arabismo e do pan-africanismo, por exemplo, são múltiplos os degraus e as matizes que se situam nos espaços intervalares.
A sua forma mais típica é o nacionalismo, quer teórico quer prático. Originado, nos tempos modernos, em fins do século XVIII, conjuntamente como reacção contrária ao movimento cosmopolita das Luzes e como seu prolongamento na linha afirmativa do particular, frente ao universal da espécie e sua encarnação objectiva, o nacionalismo tem constituído (desde então) um dos mais fortes e constantes movimentos no curso do mundo. O seu princípio de base é o direito que assiste a cada nação de determinar o seu próprio destino.
Aplicado até à II guerra mundial quase exclusivamente aos povos europeus (Alemães, Italianos, Checos, Polacos, Sérvios, etc...), esse princípio tornou-se extensivo a partir de 1945 aos povos de outros continentes e que funcionou como fortíssimo elemento revolucionário no explosivo processo da descolonização.
Na década de 60, o etnocentrismo surgiu como produto de dois factores principais: da vontade de preservar a própria identidade e da vontade de criar a própria identidade.
Na sua forma moderna, o etnocentrismo nacionalista gerou-se no velho continente. A Europa voltou a afirmar-se durante os anos 70, quer ao nível dos grandes estados (como por exemplo a França), quer ao nível dos Estados mais reduzidos (como por exemplo e bem significativo as "Repúblicas Populares" da Europa Oriental), quer ao nível das simples minorias étnicas (Bascos, Irlandeses do Norte, Bretões, Tiroleses, etc...).
O caso Europeu não é único. Também noutros continentes, principalmente na Ásia, o etnocentrismo adquiriu foros de força maior ante a necessidade de preservar a própria identidade. Exemplo típico é a China. Dominada durante mais de um século pelas potencias ocidentais ou pelo Japão e em vias de ser remodelada por uma ideologia originária do Ocidente - o Marxismo-, esta antiquíssima civilização tem um reflexo de defesa. Mesmo no momento da "Grande Revolução Cultural Proletária", que tendia a suprimir a tradição Confuciana, durante tantos séculos continuada, foi ainda a uma tradição chinesa (embora heterodoxa) que principalmente se recorreu: o Taoísmo.
O Etnocentrismo, por força do vocábulo, é a centração na própria etnia. A sua escala è extremamente vasta e vária. Desde o simples tribalismo ao pluralismo estatal dos grandes mitos do pan-arabismo e do pan-africanismo, por exemplo, são múltiplos os degraus e as matizes que se situam nos espaços intervalares.
A sua forma mais típica é o nacionalismo, quer teórico quer prático. Originado, nos tempos modernos, em fins do século XVIII, conjuntamente como reacção contrária ao movimento cosmopolita das Luzes e como seu prolongamento na linha afirmativa do particular, frente ao universal da espécie e sua encarnação objectiva, o nacionalismo tem constituído (desde então) um dos mais fortes e constantes movimentos no curso do mundo. O seu princípio de base é o direito que assiste a cada nação de determinar o seu próprio destino.
Aplicado até à II guerra mundial quase exclusivamente aos povos europeus (Alemães, Italianos, Checos, Polacos, Sérvios, etc...), esse princípio tornou-se extensivo a partir de 1945 aos povos de outros continentes e que funcionou como fortíssimo elemento revolucionário no explosivo processo da descolonização.
Na década de 60, o etnocentrismo surgiu como produto de dois factores principais: da vontade de preservar a própria identidade e da vontade de criar a própria identidade.
Na sua forma moderna, o etnocentrismo nacionalista gerou-se no velho continente. A Europa voltou a afirmar-se durante os anos 70, quer ao nível dos grandes estados (como por exemplo a França), quer ao nível dos Estados mais reduzidos (como por exemplo e bem significativo as "Repúblicas Populares" da Europa Oriental), quer ao nível das simples minorias étnicas (Bascos, Irlandeses do Norte, Bretões, Tiroleses, etc...).
O caso Europeu não é único. Também noutros continentes, principalmente na Ásia, o etnocentrismo adquiriu foros de força maior ante a necessidade de preservar a própria identidade. Exemplo típico é a China. Dominada durante mais de um século pelas potencias ocidentais ou pelo Japão e em vias de ser remodelada por uma ideologia originária do Ocidente - o Marxismo-, esta antiquíssima civilização tem um reflexo de defesa. Mesmo no momento da "Grande Revolução Cultural Proletária", que tendia a suprimir a tradição Confuciana, durante tantos séculos continuada, foi ainda a uma tradição chinesa (embora heterodoxa) que principalmente se recorreu: o Taoísmo.
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