Informar é cultura

Apresentação e explicitação da vida Portuguesa como sinónimo da nossa nacionalidade passando pelos mais variados temas, sem contudo esquecer, o debate de temas proibidos que pecam e se perdem na ignorância dos povos e a sua abordagem por parte dos sectores políticos vigentes. "Ubi veritas?"



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Homenagem aos trabalhadores da CCFL (Carris).

Os tempos são de discórdia. Na coexistência pacífica entre o passado e o presente até aos anos 90, surge uma nova dinâmica da Globalização. A Liberalização.
Enquanto a CCFL sempre esteve acima de todos os interesses económicos relacionados com os privados e servia assim os interesses dos cidadãos nacionais e estrangeiros que dela usufruíam de um serviço de carácter público, esta nova vaga de intenções de reestruturação ao abrigo das directivas "globais" estão a destituir de conteúdo público a empresa CCFL em favor do interesse de privados e que assim só serve o interesse do detentor da firma privada. Ou seja o privado gere para o lucro, uma empresa de fundos públicos (desde que bem gerida) serve o interesse das populações.
No caso da CCFL, este ataque surge em meados/fins dos anos 90, quando primáriamente as portarias das estações deixam de estar ao cargo de funcionários da empresa e é entregue a uma empresa privada de segurança. A partir daí foi o descalabro e ninguém até agora se "importou" com o desmembramento da empresa. Sim, estou a falar da passividade de todos que deveriam defender este conceito de empresa pública, ou seja, o Presidente da Républica, todos os trabalhadores da empresa, conselhos de administração, organizações representativas dos trabalhadores, comissão de trabalhadores, juntas de freguesia, câmara municipal de Lisboa, Governos sucessivos, organizações de defesa dos interesses dos utentes de transportes e a população em geral. É constitucional o direito ao transporte público e todos os referenciados se tivessem em conta este direito sem qualquer tipo de interesses particulares ou por desconhecimento da causa, esta realidade e identidade nacional seria preservada.
Fica uma pequena homenagem aos homens deste país que em determinado momento souberam defender uma causa, trabalhando em equipa e em uníssono em relação aos valores ambicionados.
Tristeza e revolta é o que sinto agora, quando estamos em comportamentos individualizados, fomentados e condicionados por quem um dia sugeriu um estado global de cariz económico e que tantos seguidores agora comporta. 
O vídeo que se segue reporta-se sobretudo ao início do século 20 e as imagens contidas referem a actividade grevista dos trabalhadores da CCFL e as suas consequências nas vivências sociais da época na cidade de Lisboa. 






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